terça-feira, 21 de março de 2017

CAPÍTULO "TREZE" A Ressurreição. Os Vestígios da Igreja de Jerusalém



O desenvolvimento do falso credo de Cristo desagregou os ensinamentos Nazoreanos de Jesus, mas encontramos evidencias claras de que houve alguns sobreviventes da guerra judaica de 66-70 d.C., e que eles comunicaram a essência da mensagem de Jesus a vários territórios estrangeiros, inclusive as Ilhas Britânicas, via Alexandria no Egito. Uma seita chamada de os Ebionim ou Ebionitas era descendente direta da Igreja de Tiago, seu nome sendo exatamente o mesmo que os Qumranianos usavam para descrever-se - Ebionim, que como sabemos significa "os Pobres". Esta seita tinha os ensinamentos de Tiago, o Justo, em alta conta, e acreditava que Jesus havia sido um grande mestre mas um homem comum, não um deus. Eles ainda se consideravam como judeus e acreditavam que Jesus tinha sido o Messias após sua "coroação" por João. Há registros que também mostram que eles odiavam a Paulo, a quem viam como o inimigo da verdade. Por muito tempo depois da morte de Jesus e Tiago, os termos Ebionita e Nazoreano eram usados para significar a mesma coisa, e essas pessoas eram condenadas, sob ambos os nomes, como hereges pela Igreja de Roma. No entanto todos os descendentes da Igreja de Jerusalém, exceto o desvio Paulino, acreditava que Jesus tinha sido um homem e não um deus, portanto, é apenas o próprio e enfeitado Vaticano e seus seguidores que são os verdadeiros pagãos ou "hereges". Robert foi criado em um meio social em que se falava o Galês, e sempre teve interesse nos celtas e na mitologia de seus ancestrais remotos. Ele foi sido criado no ensinamento de que o Cristianismo havia chegado originalmente à Irlanda desde Alexandria através da Espanha, possivelmente por volta de 200 d.C., e que o isolamento desse país da Europa romanizada permitiu que lá se desenvolvesse um tipo distinto de Cristianismo. Em 432 d.C. Patrício foi para a Irlanda e em algum ponto de sua vida começou a se dizer que ele havia naufragado nas costas do norte de Anglesey, onde ele buscou abrigo contra as tempestades na caverna de uma pequena ilha não muito longe de onde Robert hoje mora. A lenda conta que quando o santo eventualmente chegou à segurança da costa, ele construiu a Igreja de Uanbadrig, para agradecer a Deus por seu pronto resgate. Há uma outra igreja posterior dedicada a Patrício (Sant Padrig em Galês) na própria cidade. De acordo com as versões católicas da história ele supostamente estava vindo de Roma, mas essa lenda nunca encontrou eco com os estudiosos dos celtas, porque os escritos remanescentes de Patrício o mostram como tendo sido um seguidor da "heresia ariana", já que ele não acreditava no nascimento da Virgem nem que Jesus fosse mais do que simplesmente mortal! Tais idéias foram ativamente perseguidas pela Igreja de Roma, mas essa igreja não tinha nenhum poder sobre os muitos reinos dentro da Irlanda, da Escócia e do norte da Inglaterra até o Sínodo de Whitby em 664. A tradição de São Patrício declara que ele introduziu o Cristianismo romano no país por volta do século V, mas o sistema de bispos com dioceses territoriais, modelado a partir do sistema administrativo do Império Romano, não existia nesse tempo. Essa versão da lenda parece ser uma tentativa típica feita pela Igreja Romana de seqüestrar um santo local já existente, mudando a sua história para que ela se adequasse à versão preferencial dos fatos. A verdade é que, durante os séculos V e VI, os monastérios irlandeses haviam se tornado grandes centros de aprendizado sob os auspícios da Igreja Celta, enviando missionários como os santos Colombo, litut e Dubricius até os confins celtas da Europa. O que para a maior parte da Europa foi uma Idade das Trevas para a Irlanda foi um período de ouro, quando era o maior centro de conhecimento do mundo cristão. A arte religiosa, como, por exemplo, o Cá/ice de Ardagh e o Livro de Kells e outros manuscritos iluminados, floresceu ao lado de conquistas artísticas seculares e até pagãs, como Broche de Tara e o épico irlandês Tain Bo Cuilange. A Igreja Celta se espalhou da Irlanda até o País de Gales, Escócia e norte da Inglaterra, e seus eremitas e sacerdotes construíram muitas igrejas pequenas nas partes mais selvagens do oeste da Grã- Bretanha. Essas não eram igrejas feitas para servir às necessidades de culto da população local, já que estudos geográficos modernos mostram que muitas dessas igrejas muito antigas estavam em lugares sem população alguma 111 . Elas eram, à semelhança de Qumran, centros isolados em meio à vida selvagem onde os religiosos poderiam refinar sua retidão, e conseqüentemente o fundador de cada um desses monastérios ou conventos acabava por ser considerado um santo. Muito cedo em nossas pesquisas havíamos percebido a importância da conexão entre os celtas e a teologia dos sumérios; nos referimos aos desenhos entrelaçados e enlaçados dos celtas que mostram uma forte relação com a arte do Oriente Médio. Como dissemos antes, a origem desses norte-europeus não oferece mais nenhuma dúvida, já que as análises do DNA de alguns celtas modernos encontrados em comunidades remotas, como esta em que Robert escolheu morar, mostraram identidade com alguns grupos tribais do norte da África. Além do mais, existe um âmago no pensamento celta que mostra uma afinidade natural com o Judaísmo, e, portanto, com o Cristianismo de Tiago, que veio das terras da Suméria, havendo fortes similaridades entre a religião da Suméria e as tradições celtas. Ao ser-lhe contada a história de Jesus, um rei celta a aceitou imediatamente, dizendo que "o Cristianismo tem estado entre nós por mais de mil anos!" A nova religião se amalgamou com algumas das velhas crenças druidas e cresceu para cobrir a Irlanda, a Escócia, o País de Gales e boa parte do norte e sudoeste da Inglaterra. A Igreja Celta era bastante diferente do Cristianismo de estilo romano que havia varrido o resto da Europa. Ela não acreditava: No Nascimento Virginal; Na Divindade de Jesus; Que o Novo Testamento superasse o Antigo Testamento; Que o Pecado Original fosse inevitável mas sim que podia ser expiado através da vontade pessoal e das boas obras. Mas mantinha: A Tonsura Druida (a metade da frente da cabeça era raspada); Uma data de Páscoa baseada na Lua Cheia e no Calendário Judeu. Eventualmente, após cinqüenta anos de debate, a Igreja Romana oficialmente absorveu a Igreja Celta no Sínodo de Whitby em 664, mas as subcorrentes de pensamento Nazoreano continuaram a ferver por baixo da superfície católica e que, acreditamos, mais tarde criou um excelente berço para os renascidos ensinamentos de Jesus. Apesar de haver fortes indícios que nos levavam a acreditar que o Cristianismo celta estava ligado à verdadeira Igreja (ou seja, ao movimento nazoreano), não conseguíamos explicar a pureza e os detalhes contidos nos rituais da Maçonaria. Foi neste ponto que, pela primeira vez, começamos a sentir que poderíamos ter chegado a um beco sem saída, sem nenhum movimento adiante. Essa sensação não durou mais que um dia ou dois, porque Robert conseguiu por as mãos em um livrinho muito revelador quando de sua visita a uma outra Loja. Verde e simples, não media mais do que dez centímetros por seis e meio, mas para nós valeu seu peso em ouro, várias vezes multiplicado. Já passava da meia-noite quando Chris foi acordado pela campainha de sua casa, seguida por fortes batidas na porta. Sua irritação inicial logo se dissipou quando o conteúdo do livrinho sobre Maçonaria do Real Arco foi aberto. Essa edição particular havia sido feita em Londres em 1915 e, portanto, era anterior às mudanças que haviam sido feitas no Ritual do Santo Real Arco, graças a pressões sobre a Grande Loja que eram todas externas à Maçonaria. Aqui estava o ritual original, registrado antes que as recentes mudanças e inovações que foram levadas a cabo por homens que não compreendiam a importância da tradição com a qual estavam mexendo tão levianamente. Nas páginas desse livro estava nada menos que a história completa e inalterada da descoberta dos pergaminhos do Templo! Ele nos contava que o candidato a este grau é primeiramente testado sobre os assuntos dos primeiros três graus do Ofício antes de ser admitido ao espaço da Loja. A sala em que ele entra é muito diferente da Loja com a qual ele se acostumou através dos vários graus da Maçonaria Simbólica, e seus Oficiais não são o Venerável Mestre e seus dois Vigilantes, mas sim Três Principais. Eles formam o que se chama um Sinédrio, que é o nome judaico do conselho de anciãos do Segundo templo, representando a poderosa tríade de Sacerdote, Rei e Profeta. Eles declaram que seus nomes são só dos três principais que se reputa, segundo a Ordem, terem organizado a que é chamada a Terceira, ou Grande e Real Loja do Segundo Templo após o retorno do Cativeiro da Babilônia. Continuando a ler, descobrimos que essa tríade era formada por Ageu, o Profeta, Josué, filho de Josedec, sumo-sacerdote e herdeiro das tradições de Aarão e dos Levitas, e Zorobabel, rei da linhagem real de David. As lojas anteriores haviam sido chamadas de Primeira ou Santa Loja, que foi aberta por Moisés, Aholiab e Bezaleel ao pé do Monte Horeb no Deserto do Sinai: e a Segunda ou Sagrada Loja formada por Salomão, rei de Israel, Hiram, rei de Tiro e Hiram Abiff no seio do Monte Moriá. Lendo as palavras da estrutura do grau do Real Arco, nossas bocas foram se abrindo mais e mais. Se tivéssemos sabido desse Grau no início de nossos trabalhos o teríamos descartado como insensatez romântica, mas agora, à luz do que nosso trabalho nos ensinara, podíamos levá-lo profundamente a sério. O Mestre Maçom que pretende ser "exaltado à Suprema Ordem do Santo Real Arco" deve primeiro ser testado respondendo às perguntas do 3° Grau da Ordem antes de receber o Toque e a Palavra de Passe (cujo significado é "meu povo tendo alcançado a misericórdia") que lhe permitem a entrada. O candidato veste seu avental de Mestre Maçom e é vendado, com um pedaço de corda atado à sua cintura. Antes que o candidato seja admitido em Loja (que neste Grau é chamada de Capítulo) o pedestal que terá grande destaque na seqüência da cerimônia é coberto. O candidato é questionado sobre suas razões para desejar ingressar no Capítulo e depois se pede que ajoelhe enquanto uma prece é proferida, rogando ao Todo Poderoso e Eterno Pai do Universo que abençoe os trabalhos e apóie o candidato através de toda a sua exaltação. O Primeiro Principal então se certifica de que o candidato acredita no Altíssimo Deus antes de pedir-lhe que avance em direção ao pedestal velado em uma seqüência de sete passos que imitam as ações de um Sacerdote de Yahweh ao se aproximar do Santo dos Santos no Primeiro Templo. Quando isso já foi feito, diz-se ao candidato que acaba de chegar ao alto de uma câmara abobadada que deve descer. Para que o faça é necessário que remova uma pedra chave, e então é colocado de joelhos enquanto Provérbios 2:1-9 e 3:13-20 lhe são lidos em voz alta. O candidato é então informado de que precisa procurar na escuridão para ver se algo aí foi ocultado em segredo. Um pergaminho de pele de carneiro é colocado em suas mãos, e se lhe perguntam o que há nele, mas tem que responder que, estando privado da luz, não pode dizer. Isso era incrível. Muito além de nossas mais loucas esperanças. Uma descrição clara, não apenas de uma escavação em uma câmara nas profundidades do Templo, mas uma descrição absolutamente acurada da descoberta de um manuscrito: não um tesouro, não um artefato, mas especificamente aquilo que havíamos predito - um manuscrito! Continuando a ler descobrimos que o candidato é novamente "baixado" ao interior da câmara e Ageu 2: 1-9 é lido. Essa é uma passagem sobre a reconstrução do Templo e como tal, é a própria essência da Comunidade de Qumran. O último verso diz: A Glória dessa última casa será maior que a da primeira, disse o Senhor das Hostes: e em seu lugar eu trarei paz (shalom) diz o Senhor das Hostes. Nesse ponto o candidato é jurado e presta seu juramento tocando a Bíblia quatro vezes com seus lábios. A venda lhe é removida e se lhe ordena que leia o conteúdo do manuscrito que encontrou na câmara abobadada. O candidato então lê Gênese 1:1-3, após o que o Primeiro Principal diz: Tais, Novo Companheiro Exaltado, são as primeiras palavras do Livro Sagrado, que contém os tesouros da vontade revelada de Deus. Que louvemos e engrandeçamos Seu Santo Nome por esse conhecimento de Si Próprio que Ele deu à nossa guarda, e caminhemos valorosamente nessa Luz que tem brilhado à nossa volta. A cerimônia aparentemente continua com uma narrativa ritual da história de como esse manuscrito foi encontrado. a candidato deixa o Capítulo e retoma vestido como um Maçom do Real Arco: a ele se unem dois outros companheiros, e os três são "os três viajantes", conhecidos como os três Mestres Maçons da Babilônia: Shadrach, Neshech e Abednego. Ao entrar os três tomam parte em uma cerimônia conhecida como a Travessia dos Véus, que representa um Sacerdote do Templo Sagrado aproximando-se do Santo dos Santos no Templo de Salomão. Completo esse ritual, eles se apresentam ao Primeiro Principal, descrevendo-se como três Filhos do cativeiro que ouviram dizer que ele está por reconstruir o Templo em Jerusalém e pedem permissão para participar desse trabalho. O Primeiro Principal os questiona sobre suas origens, ao qual respondem que são da Babilônia e de nascimento nobre, des- cendendo de uma raça de patriarcas e reis que foram levados ao cativeiro por Nabuzardan, Capitão da Guarda de Nabucodonosor, até serem libertados pelo rei Ciro da Pérsia. Ciro derrota os babilônios e emite uma proclamação: O Senhor Deus dos Céus me deu todos os reinos da Terra; e Ele me encarregou de construirLhe uma casa em Jerusalém, que fica em Judá. Quem de vós faz parte de todo o seu povo? Seu Deus esteja com ele: e que vá para Jerusalém, que fica em Judá, e lá construa uma casa para o Senhor Deus de Israel (Ele que é Rei) que fica em Jerusalém. Os viajantes explicam que tão logo ouviram isso, voltaram a Jerusalém para oferecer seus serviços. Zorobabel então os congratula por seu nascimento nobre e os reconhece como irmãos de suas tribos antes de lhes perguntar como pretendem ser empregados. Os três respondem que estarão felizes em ser empregados em qualquer tarefa que Zorobabel lhes der a honra de escolher. Tomando isso como uma indicação de que devem ser qualificados para posições de importância, Zorobabel lhes diz que só restam posições menores para ser ocupadas, e que a eles será dada a tarefa de preparar as fundações para o mais santo dos lugares, para cuja execução lhes são dadas as ferramentas necessárias. Também são informados que, se durante a remoção das ruínas fizerem alguma descoberta importante devem comunicá-la a ninguém mais que os Três Principais que têm assento no Conselho. Os três viajantes mais uma vez saem do Capítulo. Na próxima parte da cerimônia os três Maçons da Babilônia novamente pedem admissão ao Capítulo, trazendo com eles as notícias de uma importante descoberta que pedem permissão para dividir com o augusto Sinédrio. Uma vez admitidos o Primeiro Principal lhes pede que contem sua história, que é a seguinte: Nesta manhã bem cedo, ao reiniciar nossos trabalhos, descobrimos um par de pilares de delicada beleza e simetria: continuando com nossa tarefa, descobrimos mais seis pares de beleza idêntica, os quais, de onde estávamos, pareciam ser os remanescentes da galeria subterrânea que levava ao Lugar Mais Sagrado: limpando os fragmentos e os dejetos que impediam nosso progresso, chegamos a alguma coisa que parecia ser rocha sólida, mas quando acidentalmente a toquei com minha ferramenta, produziu um som cavo. Então limpamos mais da terra solta e dos detritos, e descobrimos que em vez de rocha sólida havíamos encontrado uma série de pedras no formato de um arco, e estando conscientes de que o arquiteto da antiga estrutura não havia feito nenhuma parte dela em vão, nós pusemos a examiná-las, e para isso removemos duas das pedras, descobrindo um vão de considerável magnitude, e imediatamente tiramos à sorte quem de nós devia descer. A escolha recaiu sobre mim: e para que nenhum vapor nocivo ou outras causas pudessem tomar minha situação insegura, meus companheiros ataram uma corda à minha cintura, e eu fui lentamente descido através do vão. Chegando a seu fundo, dei-lhes o sinal previamente combinado, e meus companheiros me deram mais linha, o que me permitiu atravessar o vão. Eu então descobri alguma coisa na forma de um pedestal e percebi certas marcas e figuras nele gravadas, mas por falta de luz fui incapaz de perceber quais elas eram. Também encontrei esse pergaminho, mas pelos mesmos motivos fui incapaz de ler seu conteúdo. Portanto dei outro sinal pré- combinado, e fui erguido de dentro do vão, trazendo o manuscrito comigo. Então descobrimos logo na primeira frase que ele continha os registros da Mais Sagrada Lei, que foi promulgada por nosso Deus ao pé do Monte Sinai. O precioso tesouro nos estimulou a novas buscas. Removemos outra pedra, e eu novamente fui descido ao vão da câmara. Neste momento o sol havia alcançado sua maior altitude, e brilhava em todo o seu esplendor, emitindo seus raios através da abertura, o que me permitiu distinguir aqueles objetos que eu antes havia imperfeitamente descoberto. No centro do vão vi um pedestal de puro e virgem mármore, com certos caracteres místicos nele gravados, e um véu cobrindo a face superior do altar. Me aproximando com respeito reverente, ergui o véu, e percebi aquilo que eu humildemente supus ser a própria Palavra Sagrada. Recoloquei o véu sobre o Pedestal Sagrado e fui novamente erguido através da abertura para fora do vão da câmara. Então fechamos a abertura, e corremos até aqui, para revelar a Vossas Excelências as descobertas que fizemos. O momento exato das descobertas deve ter sido o meio-dia, a hora em que Seqenenre Tao estava em suas devoções finais a Amon-Rá, com o Sol em seu meridiano, como sempre se encontra para os Maçons. O momento é sem dúvida simbólico, mas o simbolismo é deveras intrigante. Zorobabel então pede ao viajante que lhe diga qual era a palavra que ele encontrou, e recebe essa fascinante resposta: Isso devemos pedir perdão por deixar de fazer porque com nossos ouvidos ouvimos dizer, assim como nossos ancestrais declararam que em seu tempo e no tempo antes deles não era legal para ninguém a não ser o Sumo Sacerdote pronunciar o nome do Verdadeiro e Vivo Altíssimo Senhor, e mesmo este apenas uma vez por ano, quando ele entrava sozinho no Santo dos Santos e ficava à frente da Arca da Aliança para fazer os propícios para os pecados de Israel. Mais tarde na cerimônia é dada ao candidato uma explicação dessa palavra que é encontrada no pedestal. Dizem-lhe que: É uma palavra composta e suas combinações formam a palavra Jah-Bul-On. Jah, a primeira parte, é o nome caldeu (sumério) de Deus, e significa sua essência e majestade incompreensíveis: também é uma palavra Hebraica que significa "eu sou" e "serei", expressando, portanto, a atual, futura e eterna existência do Altíssimo. Bul é uma palavra Assíria, significando Senhor ou Poderoso, e é ela mesma uma palavra composta significa em ou sobre, com Ul significando Céu ou Alturas, portanto, com o significado de Senhor nos Céus ou nas Alturas. On é uma palavra Egípcia, significando Pai de Tudo, e é também uma palavra Hebraica que indica Força ou Poder, e expressa a onipotência do Pai de todos nós. Todos os significados dessas palavras podem, portanto, reduzirse a: EU Sou e Serei: Senhor dos Céus: Pai de Tudo. Após passarmos horas digerindo o conteúdo desse livro tão revelador nos separamos pouco antes da madrugada, e Chris passou a maior parte da manhã seguinte ponderando sobre o que havíamos encontrado. Nosso obstáculo parecia haver-se transformado. Será que essa história do Real Arco vinha dos Templários? Não podíamos pensar em nenhuma outra explicação, e mesmo assim sentíamos a necessidade de controlar nosso entusiasmo. Chris achou a explicação da palavra Jah-Bul-On um urdimento bastante interessante, mas sentiu que ela não estava sendo apuradamente explicada pelos Maçons do Real Arco. A primeira parte, "Jah", é a palavra Hebraica para seu deus, provavelmente em uma conexão suméria. Pode ser vista com esse significado na palavra Eliajah (Elias) que é na verdade Eli-Jah, significando "Yahweh é meu Deus" (El ou Eli sendo a antiga palavra para Deus). A segunda parte está foneticamente quase que completamente correta, mas normalmente seria escrita como Baal, o grande deus canaanita cujo nome na verdade significa "Senhor das Alturas". Tão longe quanto eu possa perceber a antiga palavra egípcia para Pai não era it, nem on, como diz o texto, mas On fora o nome original de Heliópolis, a cidade do deus-sol Rá, de onde ele veio para a existência a partir do nada antes que de ali criar a primeira Terra. Desse ponto de vista eu comecei a achar impossível aceitar a definição como se apresentava. Também era muito instrutivo notar que os gregos identificavam Baal com seu deus-sol Hélios e sua cidade, Heliópolis. No entanto, a definição final dessa corrente de palavras, dada como "Eu Sou e Serei, Senhor dos Céus, Pai de Tudo", parecia não fazer nenhum sentido. Minha sensação era a de que Jah-Bul-On era simplesmente o nome de três deuses, dos judeus, dos canaanitas e dos egípcios, todos os três conhecidos como O Altíssimo. Se isto estava verdadeiramente gravado em uma pedra encontrada no centro do Templo de Jerusalém, seus criadores devem deliberadamente ter amalgamado as três formas de Deus em uma única deidade. É claro, a idéia de um único e o mesmo Deus sob muitos nomes não é uma coisa desconhecida - é o credo central da Maçonaria! Novos significados estavam se tornando mais claros, mas de repente percebemos que a Maçonaria do Real Arco dar tantas explicações de seu próprio ritual indicava fortemente que a história não se originara entre os Maçons, e que ela teria chegado até eles sem que seu significado original tenha sido claramente explicado. A narrativa completa é feita como se aqueles que conduzem as escavações fossem judeus da Babilônia que cavassem sob as ruínas do Primeiro Templo, mas nós cremos que na verdade está descrevendo as descobertas dos Cavaleiros Templários no terreno do Último Templo. Só pode se referir às ruínas do Templo de Herodes porque o tipo de arco descrito na cerimônia é uma combinação de pedras que se sustentam umas às outras por compressão formando uma curva estrutural que suporta grande carga, e que era desconhecida no tempo de Zorobabel. O arco curvo empregava pedras cortadas com precisão em forma de cunha, exigindo pouca ou nenhuma argamassa, e desde que esse tipo de arco com três pedras-chave tem um papel tão proeminente na cerimônia do Real Arco, é absolutamente certo que o cenário da história representada durante o ritual é o do Templo de Herodes, que foi construído usando princípios de engenharia romanos. Agora sentíamos que essa lenda maçônica pode muito bem ter mantido viva a história de como os primeiros Templários, liderados por Hugues de Payen, haviam encontrado os manuscritos que levaram à criação de sua Ordem. A parte mais significativa dessa história é que, para obter acesso à câmara oculta, os "altamente treinados" pedreiros visitantes removeram as pedras-chave de um arco e então ficaram sob ele sem nenhuma maneira de escorar o resto do arco. Eles mostram grande preocupação com a possibilidade de serem envolvidos por vapores nocivos dentro de um espaço confinado a ponto de fazerem uso de uma corda de segurança, mas não se preocuparam de forma alguma com a devastação que tinham causado à integridade estrutural do teto. Essas não seriam as ações de pedreiros de nenhuma espécie, quanto mais as de "altamente treinados em arquitetura", mas faz muito sentido como o registro de uma turma de Cavaleiros caçadores de tesouros, buscando em câmaras subterrâneas abaixo das ruínas do Templo de Herodes. Quando olhamos pela primeira vez a história dos Cavaleiros Templários, aprendemos que existem evidências de tais escavações, portanto decidimos buscar e encontrar mais detalhes sobre elas. Havíamos recentemente descoberto que uma duplicata do Manuscrito de Cobre qumraniano tinha sido depositada no Shîth, ou caverna, diretamente abaixo do Altar do Templo - a caverna que fora tampada com o bloco de mármore que tinha um anel em seu centro. Teria sido essa a pedra que os Templários ergueram para descer ao vão abaixo dela? Os Templários bem podem ter sido as primeiras pessoas que escavaram debaixo do Templo de Jerusalém, mas não foram os últimos. Já mencionamos antes que um grupo de oficias do exército britânico em 1894, com um orçamento de apenas quinhentas libras, havia tentado mapear os subterrâneos abaixo das ruínas do Templo de Herodes. O contingente de Engenheiros Reais liderado pelo tenente Chades Wilson conduziu um excelente trabalho, sob condições muito adversas, e puderam confirmar que as câmaras e passagens sempre foram descobertas apoiadas em arcos com pedras-chave. Também confirmaram que não tinham sido os primeiros visitantes às galerias desses subterrâneos quando encontraram artefatos Templários abandonados setecentos e quarenta anos antes. Esses consistiam de parte de uma espada, uma espora, parte de um dardo ou lança, e uma pequena cruz Templária, que estão hoje sob a responsabilidade de Robert Brydon, o Arquivista Templário da Escócia. O ritual do Real Arco e as descobertas feitas por Wilson e seu grupo nos fizeram mais uma vez ficar noventa e nove por cento seguros de que nossa hipótese Templária estava correta, e então o golpe de sone nos deu o um por cento que transformou nossa hipótese em certeza. Alguns anos antes, quando havíamos pela primeira vez desenvolvido a teoria de que os Cavaleiros Templários teriam encontrado alguma coisa sob as ruínas do Templo, havíamos encarado um abismo de mais de mil anos no passado, nos perguntando o que teria sido colocado ali para que eles encontrassem. Agora havíamos reconstruído um passado de vários milênios, e tudo de que necessitávamos era de alguma prova real de que tivessem verdadeiramente sido os Cavaleiros liderados por Hugues de Payen que encontraram os manuscritos. E essa certeza caiu de uma prateleira bem no colo de Chris. O Manuscrito da “Jerusalém Celestial” Chris estava folheando os muitos livros de seu escritório procurando uma pequena referência técnica quando uma ilustração chamou a sua atenção. Lá estava alguma coisa tremendamente familiar, alguma coisa que fez correr um arrepio por sua espinha. O título dado era ''A Jerusalém Celestial circa 1200 d.C.", descrita como estando atualmente na Biblioteca da Universidade de Ghent. Quanto mais ele olhava para a ilustração, mais ele via. Ela mostrava a visão de uma Jerusalém reconstruída, só que essa não era uma representação artística: era um diagrama altamente simbólico, desenhado para conter significado para todos aqueles que soubessem o que estavam procurando. A cidade estilizada mostra doze torres: uma torre celestial principal, duas torres grandes nascendo só pilares centrais, três torres menores com seus próprios pilares, e seis torres no plano de fundo. As torres que se erguem diretamente dos pilares principais sustentam uma passagem em arco e a torre celestial central: ambas são identificadas com Jacó, ou, como o conhecemos - Tiago! Essa foi uma descoberta excitante, porque confirmava nossa intuição prévia de que Tiago havia se tomado os pilares mishpat e tsedeq depois da morte de Jesus. Como ambos os pilares real e sacerdotal combinados, Tiago havia adotado o papel conjunto de messias duplo que seu irmão havia originalmente criado. Por mais importante que essa confirmação da posição de Tiago fosse, não foi exatamente isso o que chamou a atenção de Chris: os motivos mais impactantes em todo o desenho eram claríssimos - três esquadros e compassos maçônicos! Chris precisava saber mais sobre a origem desse fantástico manuscrito e rapidamente contatou o dr. Martine de Reu, conservador de manuscritos e livros raros da Universite its bibliotheek, que forneceu a fundamentação para esse manuscrito que poucas dúvidas deixou quanto ao fato de estarmos olhando para uma cópia de um dos manuscritos enterrados pela Igreja de Tiago e encontrado pelos Templários. A informação dada pelo dr. de Reu que parou nossos corações, e caiu exatamente no centro da história que vínhamos desdobrando. Não se conhece mais a história completa desse manuscrito, mas nossa pesquisa certamente preenchia as lacunas. Podíamos agora articular de forma precisa a nossa pesquisa e a história conhecida do Manuscrito de Jerusalém: Por volta de 1119 d.C. Hugues de Payen e seu pequeno grupo de arqueólogos primitivos abriram um vão abaixo dos restos do Templo de Herodes em Jerusalém, e encontraram os manuscritos secretos da Comunidade de Qumran, que estavam escritos em grego, aramaico ou em uma combinação de ambos. Tivessem eles sido escritos em francês não faria diferença nenhuma, porque esses cavaleiros eram completamente analfabetos: no entanto nada tinham de estúpidos. Sabiam ter encontrado alguma coisa de extrema importância e que era provavelmente muito sagrada, portanto, decidiram traduzi-la. Os nove sentaram e ponderaram sobre quem seria capaz de entender os estranhos escritos e, mais ainda, em quem poderiam confiar para não interferir em seu trabalho nem ser indiscreto sobre ele. O homem com a solução foi Geoffroy de Saint-Omer, o segundo no comando depois de Hugues de Payen, Geoffroy conhecia um velho cônego por nome Lamberto, que era um mestre-escola aposentado do Capítulo de Nossa Virgem em Saint-Omer, o mais sábio e mais erudito homem imaginável, e que havia investido muitos anos na compilação de uma enciclopédia do conhecimento humano. Geoffroy de Saint-Omer juntou uma seleção de manuscritos para a longa viagem de volta à sua terra natal. Satisfazendo as expectativas, Lamberto compreendeu a maior parte do que leu. O velho deve ter ficado embasbacado de alegria ao ver documentos tão fabulosos nos últimos anos de sua vida. Ele veio a morrer em 1121, desgraçadamente sem completar sua enciclopédia. Hoje em dia, um dos mais famosos trabalhos de Lamberto de Saint-Omer é uma cópia apressada de um desenho que mostra a Jerusalém Celestial. Ela mostra que os dois pilares dessa Jerusalém Celestial são chamados de "Jacó", aparentemente mostrando João, o Batista, como seu fundador. Não há nenhuma menção a Jesus nesse assim-chamado "documento cristão". Não é uma imagem ordinária, e acreditamos que só possa ter vindo de um lugar: os porões do Templo de Herodes. O simbolismo nela encontrado é extremamente maçônico e confirma que Tiago era os dois pilares dos nazoreanos! A cópia de Lamberto foi obviamente produzida às pressas, como se lhe tivesse sido dado pouquíssimo tempo para isso. Podemos imaginar Lamberto pedindo a Geoffroy a oportunidade de copiar o manuscrito em troca da tradução e da explicação de seu conteúdo, mas o Templário estava ansioso para retomar à Terra Santa. As marcas da pena mostram sinais de extrema pressa e há vários erros de traçado que ressaltam do desenho, indicando que o copista foi obrigado a trabalhar em uma velocidade bastante desconfortável. O documento tem data de pelo menos quinhentos anos antes que o uso maçônico do esquadro e do compasso fosse empregado oficialmente pela primeira vez, e ainda assim apresenta a característica dominante das imagens dos edifícios que são compostos por eles. Não há lugar para enganos, porque não existe nenhuma razão para que os esquadros estejam colocados nessa gravura. Isso nos informa que este símbolo da Maçonaria já deve ter sido usado pela Igreja de Jerusalém. Na cópia de Lamberto ele escreveu em latim os nomes dos doze pilares da Cidade Mística, e podemos ver Jacó (fiago) em ambos os pilares e Sião (Israel) sobre o arco que esses pilares apóiam. Cremos que esse uso duplo de Tiago date a criação do manuscrito original nos dezenove anos entre a crucificação de Jesus e o apedrejamento de Tiago. A ilustração mostra três imensos esquadros incongruentemente enfiados dentro de balcões com os compassos que os acompanham colocados diretamente sobre eles no ápice de cada torre. Este trio está atrás dos pilares gêmeos de Tiago, indicando sua posição subalterna a ele. São denominados, apesar de não conseguirmos decifrar o nome da torre da mão esquerda, como André, à direita e Pedro, no do centro. Infelizmente para a Igreja Católica e sua alegação de serem descendentes diretos da autoridade de Jesus através de Pedro, esse manuscrito confirma claramente que Tiago era o líder da Igreja de Jerusalém e que Pedro era uma pessoa importante, mas secundária. O alinhamento das três torres, cada um com seu esquadro e compasso, está totalmente afinado com a Maçonaria moderna, por haver três figuraschave em cada Loja - o Venerável Mestre e seus dois Vigilantes - que representam o Sol (Rá), a Lua (Thot) e o Venerável Mestre da Loja. Existe uma última indicação de que os manuscritos foram encontrados pelos Templários no Templo de Jerusalém, e que vem do próprio manual maçônico, quando o assunto dos segredos perdidos da Maçonaria é discutido entre o Venerável e seus dois Vigilantes: - Irmão Segundo Vigilante, por que deixar o leste para ir para o oeste? - Em busca daquilo que foi perdido, Venerável Mestre. - Irmão Primeiro Vigilante, o que foi perdido? - Os verdadeiros segredos de um Mestre Maçom, Venerável Mestre. - Irmão Segundo Vigilante, como eles vieram a ser perdidos? - Pela inesperada morte de nosso Grão-Mestre, Hiram Abiff, Venerável Mestre. - Irmão Primeiro Vigilante, como esperamos encontrá-los? - Pelo centro, Venerável Mestre. - Irmão Segundo Vigilante, o que é um centro? - É aquele ponto dentro de um circulo do qual todas as partes de a circunferência estão eqüidistantes. Essas palavras são completamente sem sentido para a maioria dos Maçons que as repete vez após vez, mas para nós agora elas revelam tudo. No tempo das Cruzadas todo cartógrafo da cristandade produzia mapas que tinham Jerusalém como centro do mundo. O Templo estava no centro da velha cidade, e no próprio centro do Templo estava o Santo dos Santos. Os dois pilares mostrados no desenho de Lamberto também estão no centro da Nova Jerusalém, o lugar exato em que os segredos de Jesus e Moisés foram encontrados: para os Templários era inquestionavelmente o ponto mais central da Terra. Estávamos rapidamente aprendendo coisas novas, e havíamos estabelecido o hábito de voltar ao material prévio de vez em quando para ver se nosso maior entendimento produziria novas compreensões. Foi baseado nisso que relemos algumas das traduções dos Manuscritos do Mar Morto produzidos por Robert Eisenman, e descobrimos que o conceito de uma ''Jerusalém Celestial" ou de uma ''Nova Jerusalém" fora descoberto em manuscritos de cinco cavernas diferentes de Qumran, todos baseados nas visões de Ezequiel, nas quais a cidade nova é descrita em detalhes com mil e quinhentas torres, cada uma delas com trinta metros de altura. Como todos os graus maçônicos, o Real Arco também tem uma "prancha de traçar" que é uma compilação visual dos assuntos e conteúdos da Ordem. Nesta se pode ver imediatamente que é toda sobre a escavação do Templo. Ao fundo, podemos ver Jerusalém e as ruínas do Templo espalhadas, e em primeiro plano, a entrada escavada para o subterrâneo, que fica abaixo dele. Dentro de um painel central há sete degraus que sobem até um pavimento quadriculado no qual existem ferramentas de escavar assim como de construção, um esquadro e compasso e um pergaminho. Em toda a volta desse painel estão os estandartes das doze tribos de Israel e, ao alto, aqueles que são considerados como importantes insígnias de Judá (um leão com uma coroa real), Ruben (um homem), Efraim (um boi) e Dan (uma águia). Com a descoberta do Manuscrito da Jerusalém Celestial e a história relatada no Grau do Real Arco, estávamos agora certíssimos de que os Templários haviam encontrado os segredos de sua Ordem inscritos sobre os manuscritos enterrados pelos Nazoreanos e que eles conduziam cerimônias de iniciação baseadas na ressurreição em vida, como executada por Jesus. O Impacto dos Manuscritos Nazoreanos Os nove Cavaleiros que descobriram os manuscritos Nazoreanos encontraram um tesouro muito maior que seus sonhos, mas era um tesouro que não poderiam partilhar com todo o mundo. A descoberta teve um impacto imediato em seu país natal, a França. Foram necessárias várias décadas até que a Ordem estabelecida por Hugues de Payen e seus companheiros fundadores em 1118 se tornasse uma das mais poderosas forças da Cristandade. Em quinze anos, no entanto, algo de muito extraordinário começou a acontecer na França. Em apenas um século a partir de 1170 não menos que oitenta catedrais e quase quinhentas abadias foram erguidas, e isso apenas no território francês, envolvendo mais trabalho de pedreiro que tudo o que fora erguido no Antigo Egitol14. Esses edifícios foram erguidos segundo novos planos em escala nunca dantes vista. Um exemplo clássico desses superedifícios é a Catedral de Chartres, que se ergue para o céu em uma composição de pilares ornados e vidro. Os pedreiros deste edifício e outros ao redor do país eram dirigidos pelos Cavaleiros Templários, cuja missão era descrita como sendo "a reconstrução de Jerusalém" em um novo e glorioso estilo arquitetônico de pilares, torres e espirais direcionadas para o céu. Antes disso, não se encontra nenhuma explicação prévia do motivo pelo qual os Templários se haviam tornado mestres construtores de uma Jerusalém celestial em seu próprio país, mas agora tudo subitamente fazia sentido para nós. As instruções que os nove Cavaleiros recuperaram dos subterrâneos do Templo de Jerusalém haviam sido lá deixadas pelos Nazoreanos imediatamente antes de terem falhado em sua missão de construir o Céu na Terra. Tiago e seus seguidores morreram sem trazer o Reino dos Céus que Jesus havia prometido a seus seguidores, mas haviam deixado uma mensagem muito clara dentro deles. Os manuscritos Nazoreanos não podiam ter sido encontrados por gente mais positiva. Os Templários tomaram os antigos segredos maçônicos inspirados por Ma'at de Jesus e Tiago para seus próprios propósitos iniciáticos e começaram a dar ao mundo um novo e sublime nível de Maçonaria Operativa. A ressurreição estava a todo vapor! Da descoberta do manuscrito da Jerusalém Celestial, e outros agora perdidos, aprendemos que os Templários se haviam tornado mestres tanto da Maçonaria Operativa quanto da Especulativa. Agora precisávamos explorar a destruição dos Templários para entender como um remanescente da Ordem se transformou nisso que se tornou a Maçonaria moderna. Conclusão Estudando a Igreja Celta havíamos descoberto que ela diferia muito da variedade romana de Cristianismo, já que rejeitava certos pontos centrais tais como a virgindade de Maria e a divindade de Jesus. Apesar da Igreja Celta ter sido absorvida à força pela Igreja Romana nomeio do século VII, acreditamos que muito de seu antigo pensamento sobreviveu como uma corrente subterrânea que tornou a Escócia altamente receptiva ao pensamento Nazoreano quando os Templários eventualmente lá chegaram. Encontrar o ritual original do Grau do Real Arco da Maçonaria foi um divisor de águas, já que nos forneceu a história completa da descoberta dos manuscritos. Um problema que ainda tínhamos sem solução era porque descrevia eventos como tendo acontecido no Templo de Zorobabel, em vez de no Templo de Herodes. Não havia dúvida em nossas mentes de que o ritual se referia à descoberta feita pelos Cavaleiros Templários no início do século XII, porque pedras-centrais e câmaras em arco não haviam sido inventadas antes do período romano. A imagem usada na "prancha de traçar" do grau nos mostrou em detalhes a escavação do Templo e a aparência do vão em arco abaixo dos detritos que ocultavam os manuscritos. Ao fundo pudemos ver Jerusalém e as ruínas do Templo. Continuaríamos com nossas pesquisas, esperando que uma explicação para esse paradoxo ainda seria trazida pelo tempo. A despeito desse pequeno problema, agora já entendíamos como essa lenda maçônica pode ter mantido viva a história de como os primeiros Templários, sob Hugues de Payen, haviam encontrado os manuscritos que levaram à criação da Ordem. A identificação da Jerusalém Celestial em uma cópia de um dos manuscritos levados por Geoffroy de Saint-Omer para Lambertoo no Capítulo de Nossa Senhora em Saint-Omer, foi outra descoberta magnífica. O uso do esquadro e compasso maçônicos nesse desenho é gritante, e a identificação de Tiago como os dois pilares principais da Nova Jerusalém confirmou nossas deduções anteriores.

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