terça-feira, 21 de março de 2017
CONHEÇA TUDO SOBRE SALOMÃO HIRAN ABIFF E O INICIO DA MAÇONARIA
O mais antigo relato de Iahwéh ocorreu por volta de 3500 anos atrás. Ele era a divindade tribal de um pequeno clã de pessoas que trabalhavam os metais e viviam nas montanhas da Península do Sinai, entre o golfo de Suez e o Golfo de Acaba. É um lugar remoto e inóspito com poucos recursos, além de pedras preciosas e minerais dispersos que têm sido extraídos de lá desde do início das civilizações. Era o clã cainita, procuravam minerais para extrair, sendo uma vida muito dura. O Antigo Testamento fala de sua grande habilidade na arte de trabalhar tanto o ferro quanto o bronze para inúmeras finalidades.
Os cainitas tiravam seu nome da crença de que eram descendentes de Caim, filho de Adão e Eva, e o deus deles era Yahwéh, que era considerado uma divindade da tempestade das Montanhas do Sinai.
Não por acaso Moisés viveu ali, havia trabalhado para os cainitas como pastor, por pelo menos 40 anos. Era um andarilho barbado, originalmente um general bem barbeado do exército egípcio e importante membro da corte real até cometer um assassinato e entrar fugido no deserto do Sinai. Moisés casou com Séfora, que era filha do Jetro, ou sumo sacerdote e chefe dos cainitas. Moisés e o irmão Aarão tinham também sido iniciados no sacerdócio dos cainitas e começado a cultuar seu deus, Yahwéh (provavelmente um desvio das tradições sumério-acadianas e Babilônicas).
Um grupo liderado por Moisés, e mais tarde por seu sucessor Joshua (Josué) – palavra hebraica para Salvador -, avançou para o leste e para o norte até a terra de Canaã, que mais uma vez estava prometendo ser “uma terra de fartura”. Ao chegar, começaram a destruir cada lugarejo com que deparavam para se apoderar da comida e do suprimento de água. O trecho seguinte é típico da matança para qual parecem ter sido instruídos por Yahwéh:
Não por acaso Moisés viveu ali, havia trabalhado para os cainitas como pastor, por pelo menos 40 anos. Era um andarilho barbado, originalmente um general bem barbeado do exército egípcio e importante membro da corte real até cometer um assassinato e entrar fugido no deserto do Sinai. Moisés casou com Séfora, que era filha do Jetro, ou sumo sacerdote e chefe dos cainitas. Moisés e o irmão Aarão tinham também sido iniciados no sacerdócio dos cainitas e começado a cultuar seu deus, Yahwéh (provavelmente um desvio das tradições sumério-acadianas e Babilônicas).
Moisés, Josué e Davi – A Invasão de Canaã
Um grupo liderado por Moisés, e mais tarde por seu sucessor Joshua (Josué) – palavra hebraica para Salvador -, avançou para o leste e para o norte até a terra de Canaã, que mais uma vez estava prometendo ser “uma terra de fartura”. Ao chegar, começaram a destruir cada lugarejo com que deparavam para se apoderar da comida e do suprimento de água. O trecho seguinte é típico da matança para qual parecem ter sido instruídos por Yahwéh:
Disse-me então Yahwéh: “Eis que já comecei a entregar-te a Seon, juntamente com sua terra. Começa a conquista para tomar posse da sua terra”. Seon saiu ao nosso encontro com todo o seu povo, para batalhar em Jasa. Yahwéh, nosso deus, no-lo entregou e nós o vencemos, bem como seus filhos e todo seu povo. Apossamo-nos então de todas as suas cidades e sacrificamos cada uma delas como anátema: homens mulheres e crianças, sem deixar nenhum sobrevivente, exceto o gado, que tomamos para nós como despojo, como também o saque das cidades que conquistamos.
Ao que parece, seguindo instruções explícitas de Deus, cada homem mulher e criança foi assassinado e seus bens saqueados em vilas e cidades numerosas demais para serem listadas.
O tempo se passou e Yahwéh e seu povo ocuparam boa parte da “terra prometida”. Mais de quatro séculos depois, o povo eleito de Yahwéh chegou a cidade Santa de Jerusalém, que foi submetida a Davi, rei dos israelitas. Afirma-se que Davi encarregou 30.000 homens de escoltar a Arca e seu conteúdo divino para sua nova capital. Para cumprir a etapa final da jornada, a casa móvel de Yahwéh foi colocada num carro novo, conduzido por Oza e Aio, filhos de Abinadab.
Enquanto o carro seguia adiante, Oza de alguma maneira invadiu acidentalmente o espaço pessoal de Yahwéh e morreu instantaneamente numa bola de fogo. Davi ficou muito irritado com a divindade temperamental e decidiu prosseguir. Depois de algum tempo, no entanto, foram feitos arranjos para que a viagem continuasse e Davi fez o melhor que pode para agradar a Yahwéh, sacrificando um boi a cada seis passos, e no tradicional estilo cananeu, com música e seu pessoal dançando em volta do carro enquanto ele seguia tropegamente à frente.
Na chegada a Jerusalém, Davi decidiu construir um templo para Yahwéh e sua arca num local acima da cidade, que teria sido o ponto exato onde Abraão pretendera sacrificar o filho Isaque, talvez quase 1000 anos antes, como descrito no capítulo 22 do Genêsis.
Os israelitas se instalaram em sua nova cidade capital e conforme o 2º livro de Samuel, Davi logo se apaixonou por uma bela mulher chamada Betsabeia, que tinha visto de sua janela quando ela estava no banho. Betsabeia era esposa de Urias, um dos oficiais de Davi, mas mesmo assim o rei fez com que a toruxessem para seus aposentos onde teve prontamente relações com ela. Isso resultou numa gravidez e o rei astuciosamente decidiu chamara Urias do campo de batalha para que relaxasse, se banhasse e tivesse algum tempo para visitar a esposa – na esperança de que a gravidez fosse atribuída a Urias.
Mas Urias recusou a oferta do rei. Dizendo que não poda “ir para minha casa, para comer, beber e me deixar com minha esposa” enquanto seus companheiros soldados estavam numa situação miserável, ao relento no campo de batalha. Não podendo se arriscar a ser alvo da ira de um popular general, Davi tomou providências para que Urias fosse colocado na frente de combate, onde logo foi morto.
Davi tomou Batsabeia como esposa, que posteriormente deu à luz o filho dos dois mas a criança morreu, a despeito das muitas preces de Davi a Yahwéh.
Betsabeia, no entanto, deu logo outro filho a Davi. Conforme o 2º livro de Samuel, 12,25, deram-lhe o nome de Jedidias, que significa “amado de Yahwéh”, embora o versículo anterior diga que a criança foi chamada de Salomão (Shelomoh em hebraico). Vários estudiosos sugeriram que seu nome normal era Jedidias e que só tomou o nome de Salomão quando o reino que coubera a Davi durante 40 anos chegou ao fim e o trono foi ocupado por ele. Essa interpretação faz muito sentido porque “Salomão” é um nome cananeu, que celebrava o velho deus da cidade. Shelomoh era uma espécie de jogo de palavras relacionado com Salém, nome original de Jerusalém – significando o planeta Vênus -, que por sua vez estava associado com a paz.
A ascensão de Salomão ao trono teve lugar em 971 a.c. ou possivelmente no início do ano seguinte. Durante seu reinado de 40 anos, Salomão se cercou de todo luxo e toda grandeza externa de um típico monarca cananeu, mantendo 700 esposas e 300 concubinas. Salomão é lembrado de que seus primeiro anos trouxeram grande prosperidade e influência para o pequeno reino israelita.
Ao que parece, seguindo instruções explícitas de Deus, cada homem mulher e criança foi assassinado e seus bens saqueados em vilas e cidades numerosas demais para serem listadas.
O tempo se passou e Yahwéh e seu povo ocuparam boa parte da “terra prometida”. Mais de quatro séculos depois, o povo eleito de Yahwéh chegou a cidade Santa de Jerusalém, que foi submetida a Davi, rei dos israelitas. Afirma-se que Davi encarregou 30.000 homens de escoltar a Arca e seu conteúdo divino para sua nova capital. Para cumprir a etapa final da jornada, a casa móvel de Yahwéh foi colocada num carro novo, conduzido por Oza e Aio, filhos de Abinadab.
Enquanto o carro seguia adiante, Oza de alguma maneira invadiu acidentalmente o espaço pessoal de Yahwéh e morreu instantaneamente numa bola de fogo. Davi ficou muito irritado com a divindade temperamental e decidiu prosseguir. Depois de algum tempo, no entanto, foram feitos arranjos para que a viagem continuasse e Davi fez o melhor que pode para agradar a Yahwéh, sacrificando um boi a cada seis passos, e no tradicional estilo cananeu, com música e seu pessoal dançando em volta do carro enquanto ele seguia tropegamente à frente.
A Ascensão de Salomão
Na chegada a Jerusalém, Davi decidiu construir um templo para Yahwéh e sua arca num local acima da cidade, que teria sido o ponto exato onde Abraão pretendera sacrificar o filho Isaque, talvez quase 1000 anos antes, como descrito no capítulo 22 do Genêsis.
Os israelitas se instalaram em sua nova cidade capital e conforme o 2º livro de Samuel, Davi logo se apaixonou por uma bela mulher chamada Betsabeia, que tinha visto de sua janela quando ela estava no banho. Betsabeia era esposa de Urias, um dos oficiais de Davi, mas mesmo assim o rei fez com que a toruxessem para seus aposentos onde teve prontamente relações com ela. Isso resultou numa gravidez e o rei astuciosamente decidiu chamara Urias do campo de batalha para que relaxasse, se banhasse e tivesse algum tempo para visitar a esposa – na esperança de que a gravidez fosse atribuída a Urias.
Mas Urias recusou a oferta do rei. Dizendo que não poda “ir para minha casa, para comer, beber e me deixar com minha esposa” enquanto seus companheiros soldados estavam numa situação miserável, ao relento no campo de batalha. Não podendo se arriscar a ser alvo da ira de um popular general, Davi tomou providências para que Urias fosse colocado na frente de combate, onde logo foi morto.
Davi tomou Batsabeia como esposa, que posteriormente deu à luz o filho dos dois mas a criança morreu, a despeito das muitas preces de Davi a Yahwéh.
Betsabeia, no entanto, deu logo outro filho a Davi. Conforme o 2º livro de Samuel, 12,25, deram-lhe o nome de Jedidias, que significa “amado de Yahwéh”, embora o versículo anterior diga que a criança foi chamada de Salomão (Shelomoh em hebraico). Vários estudiosos sugeriram que seu nome normal era Jedidias e que só tomou o nome de Salomão quando o reino que coubera a Davi durante 40 anos chegou ao fim e o trono foi ocupado por ele. Essa interpretação faz muito sentido porque “Salomão” é um nome cananeu, que celebrava o velho deus da cidade. Shelomoh era uma espécie de jogo de palavras relacionado com Salém, nome original de Jerusalém – significando o planeta Vênus -, que por sua vez estava associado com a paz.
A ascensão de Salomão ao trono teve lugar em 971 a.c. ou possivelmente no início do ano seguinte. Durante seu reinado de 40 anos, Salomão se cercou de todo luxo e toda grandeza externa de um típico monarca cananeu, mantendo 700 esposas e 300 concubinas. Salomão é lembrado de que seus primeiro anos trouxeram grande prosperidade e influência para o pequeno reino israelita.
Juntamente com a tradicional devoção israelita a Yahwéh, Salomão cultuava uma série de outros deuses. A ideia de que o deus tribal de Israel era o único deus existente ainda não havia criado raízes. O próprio Salomão não via incoerência em sua devoção a uma série de divindades.
Entre as práticas mais desagradáveis adotadas por ele estava sacrifício dos filhos ao deus Moloque, uma antiga divindade solar cananeia. Acreditava-se que fosse um procedimento necessário para os cananeus que quisessem ser verdadeiros reis – designados e habilitados pelos deuses do céu. Foi uma prática que a nação israelita levaria a termo durante centenas de anos antes de abolir de vez o procedimento e inventar técnicas menos grotescas de definir o direito ao trono.
A palavra Moloque deriva da raiz Malak, significando rei. Moloque significa literalmente o ato de se tornar ou ser o monarca, reinando sob a autoridade dos deuses.
Salomão e seu governo prospera e ele entrou em uma aliança com Hiram I, rei fenício de Tiro, que lhe deu grande auxílio em suas extensas obras de construção – muito particularmente no grande templo onde Yahwéh poderia residir.
A monarquia politeísta de Salomão exigia um templo que fizesse conexão com os deuses – uma espécie de “centro de comunicações” que desse ao governante “um canal para o reino dos deuses nos céus”. A chave para uma tal construção se encontrava numa compreensão da astronomia e, muito particularmente, nos movimentos a longo prazo do planeta Vênus – a deusa Astarte.
Entre as práticas mais desagradáveis adotadas por ele estava sacrifício dos filhos ao deus Moloque, uma antiga divindade solar cananeia. Acreditava-se que fosse um procedimento necessário para os cananeus que quisessem ser verdadeiros reis – designados e habilitados pelos deuses do céu. Foi uma prática que a nação israelita levaria a termo durante centenas de anos antes de abolir de vez o procedimento e inventar técnicas menos grotescas de definir o direito ao trono.
A palavra Moloque deriva da raiz Malak, significando rei. Moloque significa literalmente o ato de se tornar ou ser o monarca, reinando sob a autoridade dos deuses.
Salomão e seu governo prospera e ele entrou em uma aliança com Hiram I, rei fenício de Tiro, que lhe deu grande auxílio em suas extensas obras de construção – muito particularmente no grande templo onde Yahwéh poderia residir.
A Estrela Shekinah
A monarquia politeísta de Salomão exigia um templo que fizesse conexão com os deuses – uma espécie de “centro de comunicações” que desse ao governante “um canal para o reino dos deuses nos céus”. A chave para uma tal construção se encontrava numa compreensão da astronomia e, muito particularmente, nos movimentos a longo prazo do planeta Vênus – a deusa Astarte.
O culto da deusa Astarte (Ishtar, Asherat, Anat, Asherat, Baalat-Gebal, Ashtar) era de suma importância para Salomão. Astarte estava relacionada com a fertilidade, a sexualidade e a guerra. Em alguns cultos na palestina foi relacionada como esposa de Yahwéh, pelo nome Asherah.
Vênus é de longe o objeto mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua e aparece pouco antes do amanhecer, como “estrela da manhã”, ou logo depois do anoitecer, como “estrela vespertina”.
A cada oito anos Vênus retorna ao mesmo ponto no céu, mas as estrelas que estão no fundo são agora diferentes; astronomicamente falando, Vênus cumpriu um quinto do caminho através do zodíaco – terminando onde havia começado. A cada 40 anos Vênus executa uma volta completa no zodíaco – terminando onde havia começado. Esse movimento é muito preciso, sendo um ótimo calendário aos sacerdotes. Ao viajar através dos céus, o planeta parece desenhar uma estrela de cinco pontas em volta do Sol – e essa é a base do pentagrama.
Como os reis antes e depois dele, Salomão sabia que cada aspecto importante da vida era governado por aquele período divino de 40 anos, como registra o Antigo Testamento:
Moisés conduziu o povo pelo deserto durante 40 anos, desde a idade de 80 anos (início do terceiro ciclo de Vênus) até sua morte aos 120 (fim do terceiro ciclo);
Por todo o antigo testamento Deus frequentemente permite que a terra repouse por 40 anos;
Israel agiu mal e Deus lhe deu um inimigo de 40 anos;
Eli foi juiz de Israel por 40 anos;
Saul, o primeiro rei ungido de Israel, tornou-se rei aos 40 anos de idade e governou por exatamente 40 anos;
Isbaal tinha 40 anos quando começou seu reinado;
O rei Davi governou 40 anos.
Salomão sabia que ele próprio só poderia reinar por 40 anos, e assim o fato se realizou.
Havia apenas um poder astral maior que Vênus e seu ciclo de 40 anos; era a sagradaShekinah. Esta brilhante “estrela” apareceria no céu em períodos de cada 12 ciclos de Vênus – a cada 480 anos. Ela se mostraria várias vezes durante alguns anos antes de desaparecer de novo.
Shekinah é causada pela conjunção dos planetas Mercúrio e Vênus – o que significa que, vistos da Terra, eles se sobrepõe e parecem uma única estrela, extremamente brilhante.
Acreditava-se (ou ainda acredita-se) que o aparecimento da Shekinah anunciava os momentos mais notáveis da história israelita e judaica. Uma particular importância tinha lugar a cada 1.440 anos -, quando o brilhante objeto está exatamente no mesmo lugar dentro do zodíaco. Um tal aparecimento da Shekinah deveria cair no solstício de inverno de 967 a.c. e Salomão ordenou que o terreno fosse limpo no topo da colina ao norte da cidade, para o lançamento, exatamente naquele dia, da pedra fundamental do templo outrora idealizado. Segundo os cálculos sacerdotais, a divina Shekinah apareceria no ainda escuro céu matutino como um farol brilhante, pouco antes da aurora.
Aquela data, diziam os sacerdotes, estaria ocorrendo precisamente 1440 anos após a arca de Noé, que quando as nuvens de tempestade do Dilúvio finalmente se separaram a “luz” divina brilhou por entre elas.
Salomão e os sacerdotes acreditavam que o aparecimento anterior da Shekinah, 480 anos antes, tinha ocorrido quando Moisés conduziu o povo através do Mar Vermelho.
A Shekinah era a junção do masculino (Yahwéh) e o feminino (Astarte ou Asherah). Representava o feixe de luz masculino penetrando o solo feminino fértil.
A motivação de Salomão era certamente mais complexa que um simples desejo de cumprir a vontade de seu pai, Davi, construindo um templo em Jerusalém para venerar Yahwéh. Ele queria mais que isso: queria um templo que funcionasse como um máquina para produzir uma resposta à luz da Shekinah. Uma espécie de comunicação entre a humanidade e os deuses.
Salomão precisava de um dispositivo Shekinah que o conectasse, por meio do seu deus Yahwéh (uma espécie de roteador?), com o cosmos acima (Aqui vemos a concepção de que Céu não é espiritual e sim material, o que reforça a tese de que os deuses eram extraterrestres). Infelizmente, nenhum sacerdote da tribo de Israel conseguiria construir tal estrutura. Foi necessário chamar estrangeiros mais especializados, o que dará início ao embrião da maçonaria.
Hiram Abiff, o primeiro Maçom
Por não ter mão de obra especializada, Salomão teve de pedir a Hiram, o rei da cidade-estado fenícia de Tiro, no atual Líbano, para ajudá-lo. A Fenícia foi o primeiro grande grupamento étnico caucasiano (ariano) a ser formado como descendente consanguíneo da Fraternidade Babilônica, um grupo que remonta as épocas mais remotas da civilização humana. Detentor absoluto dos Antigos Mistérios, e fundadores das “Escolas de Mistérios”. Iniciou-se como um grupo nas montanhas do Cáucaso, os chamados arianos, e influenciaram a maioria das culturas antigas, da Grécia até a Índia (em uma matéria posterior falarei mais sobre está Fraternidade).
Hiram cedeu engenheiros, trabalhadores qualificados e matéria prima adequada. Em troca, Salomão taxou violentamente o povo, extraindo produtos como azeite, trigo e vinho para serem mandados a Tiro.
Astarte era divindade principal da cidade de Tiro, portanto os sacerdotes fenícios tinham um conhecimento inigualável dos movimentos de Vênus, mesmo em comparação a egípcios e babilônicos. Os habitantes de Tiro eram ricos e cultos, um modelo para Jerusálem.
Vênus é de longe o objeto mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua e aparece pouco antes do amanhecer, como “estrela da manhã”, ou logo depois do anoitecer, como “estrela vespertina”.
A cada oito anos Vênus retorna ao mesmo ponto no céu, mas as estrelas que estão no fundo são agora diferentes; astronomicamente falando, Vênus cumpriu um quinto do caminho através do zodíaco – terminando onde havia começado. A cada 40 anos Vênus executa uma volta completa no zodíaco – terminando onde havia começado. Esse movimento é muito preciso, sendo um ótimo calendário aos sacerdotes. Ao viajar através dos céus, o planeta parece desenhar uma estrela de cinco pontas em volta do Sol – e essa é a base do pentagrama.
Como os reis antes e depois dele, Salomão sabia que cada aspecto importante da vida era governado por aquele período divino de 40 anos, como registra o Antigo Testamento:
Moisés conduziu o povo pelo deserto durante 40 anos, desde a idade de 80 anos (início do terceiro ciclo de Vênus) até sua morte aos 120 (fim do terceiro ciclo);
Por todo o antigo testamento Deus frequentemente permite que a terra repouse por 40 anos;
Israel agiu mal e Deus lhe deu um inimigo de 40 anos;
Eli foi juiz de Israel por 40 anos;
Saul, o primeiro rei ungido de Israel, tornou-se rei aos 40 anos de idade e governou por exatamente 40 anos;
Isbaal tinha 40 anos quando começou seu reinado;
O rei Davi governou 40 anos.
Salomão sabia que ele próprio só poderia reinar por 40 anos, e assim o fato se realizou.
Havia apenas um poder astral maior que Vênus e seu ciclo de 40 anos; era a sagradaShekinah. Esta brilhante “estrela” apareceria no céu em períodos de cada 12 ciclos de Vênus – a cada 480 anos. Ela se mostraria várias vezes durante alguns anos antes de desaparecer de novo.
Shekinah é causada pela conjunção dos planetas Mercúrio e Vênus – o que significa que, vistos da Terra, eles se sobrepõe e parecem uma única estrela, extremamente brilhante.
Acreditava-se (ou ainda acredita-se) que o aparecimento da Shekinah anunciava os momentos mais notáveis da história israelita e judaica. Uma particular importância tinha lugar a cada 1.440 anos -, quando o brilhante objeto está exatamente no mesmo lugar dentro do zodíaco. Um tal aparecimento da Shekinah deveria cair no solstício de inverno de 967 a.c. e Salomão ordenou que o terreno fosse limpo no topo da colina ao norte da cidade, para o lançamento, exatamente naquele dia, da pedra fundamental do templo outrora idealizado. Segundo os cálculos sacerdotais, a divina Shekinah apareceria no ainda escuro céu matutino como um farol brilhante, pouco antes da aurora.
Aquela data, diziam os sacerdotes, estaria ocorrendo precisamente 1440 anos após a arca de Noé, que quando as nuvens de tempestade do Dilúvio finalmente se separaram a “luz” divina brilhou por entre elas.
Salomão e os sacerdotes acreditavam que o aparecimento anterior da Shekinah, 480 anos antes, tinha ocorrido quando Moisés conduziu o povo através do Mar Vermelho.
A Shekinah era a junção do masculino (Yahwéh) e o feminino (Astarte ou Asherah). Representava o feixe de luz masculino penetrando o solo feminino fértil.
A motivação de Salomão era certamente mais complexa que um simples desejo de cumprir a vontade de seu pai, Davi, construindo um templo em Jerusalém para venerar Yahwéh. Ele queria mais que isso: queria um templo que funcionasse como um máquina para produzir uma resposta à luz da Shekinah. Uma espécie de comunicação entre a humanidade e os deuses.
Salomão precisava de um dispositivo Shekinah que o conectasse, por meio do seu deus Yahwéh (uma espécie de roteador?), com o cosmos acima (Aqui vemos a concepção de que Céu não é espiritual e sim material, o que reforça a tese de que os deuses eram extraterrestres). Infelizmente, nenhum sacerdote da tribo de Israel conseguiria construir tal estrutura. Foi necessário chamar estrangeiros mais especializados, o que dará início ao embrião da maçonaria.
Hiram Abiff, o primeiro Maçom
Por não ter mão de obra especializada, Salomão teve de pedir a Hiram, o rei da cidade-estado fenícia de Tiro, no atual Líbano, para ajudá-lo. A Fenícia foi o primeiro grande grupamento étnico caucasiano (ariano) a ser formado como descendente consanguíneo da Fraternidade Babilônica, um grupo que remonta as épocas mais remotas da civilização humana. Detentor absoluto dos Antigos Mistérios, e fundadores das “Escolas de Mistérios”. Iniciou-se como um grupo nas montanhas do Cáucaso, os chamados arianos, e influenciaram a maioria das culturas antigas, da Grécia até a Índia (em uma matéria posterior falarei mais sobre está Fraternidade).
Hiram cedeu engenheiros, trabalhadores qualificados e matéria prima adequada. Em troca, Salomão taxou violentamente o povo, extraindo produtos como azeite, trigo e vinho para serem mandados a Tiro.
Astarte era divindade principal da cidade de Tiro, portanto os sacerdotes fenícios tinham um conhecimento inigualável dos movimentos de Vênus, mesmo em comparação a egípcios e babilônicos. Os habitantes de Tiro eram ricos e cultos, um modelo para Jerusálem.
O homem enviado pelo rei fenício com a incumbência de edificar o novo templo em Jerusalém foi Hiram Abiff: mestre artesão e alto sacerdote. Todos os pedreiros selecionados por ele para construir o templo eram também sacerdotes e veneravam vários deuses.
Com a ajuda de Hiram Abiff, a pedra fundamental do novo templo foi devidamente lançada em 967 a.c., quatro anos depois de Salomão ter subido ao trono de Jerusalém e dois anos depois de Hiram ter se tornado rei de Tiro.
O Centro exato do templo tinha de ser erguido no terreno alto ao norte da cidade, que agora faz parte do Monte do Templo, para que a luz do sol nascente, durante todo o ano, irrompesse no horizonte em pontos precisos sobre a encosta da colina leste. O sol se levanta exatamente a leste duas vezes por ano, uma na primavera e outra no outono, nos dois equinócios, quando há exatamente 12 horas de luz do dia e 12 horas de escuridão.
A localização de Jerusalém não era acidental, pois trata de um lugar ideal para observar o nascer e o pôr do sol. O ângulo das sombras projetadas pelo sol nascente e poente varia de acordo com a longitude. No Equador, cada dia é mais ou menos igualmente dividido em luz e escuridão e o dia surge exatamente a leste e se põe exatamente a oeste. Nos pólos, o sol nunca se põe no verão e nunca surge no inverno. No meio desses extremos, o ângulo entre os dois solstícios aumenta à medida que a pessoa se afasta do Equador. A latitude de Jerusalém é 31º47’ norte, que significa que o ângulo das sombras projetadas pelos solstícios de inverno e verão é precisamente de 60 graus!
Para observar isso, só se precisava desenhar um círculo no solo e colocar uma estaca vertical no leste e outra a oeste. Na manhã do solstício de inverno, a estaca leste projetaria uma sombra de 30 graus ao norte do centro e nessa noite a estaca do oeste projetaria uma sombra de 30 graus ao sul do oeste.Aconteceria o aposto no solstício de verão, criando uma forma de diamante dentro do círculo. Uma linha norte-sul cruzando os dois ângulos produz um sinal indicativo que é único para essa latitude – e em Jerusalém forma a perfeita estrela de seis pontas que é conhecida como Selo de Salomão ou Estrela de Davi. Esse símbolo é um diagrama solar, que celebra a posição geográfica de Jerusalém.
Hiram Abiff, como bom sacerdote fenício, e adorador da deusa Astarte/Asherah, não queria somente que o Templo se limitasse aos padrões básicos do nascer e do pôr do sol. O nome Jerusalém na língua cananeia significa “fundação para observar a ascensão de Vênus e Hiram queria calcular os movimentos de Vênus e dos padrões extremamente complexos da Shekinah quando ela se ergue à frente do sol.
Imaginem o momento em que a Shekinah chegou, como previsto, em 967 a.c., 1440 anos depois do Dilúvio, no momento em que a pedra fundamental do novo templo era lançada. A estrela da manhã surgiu rapidamente e iluminou toda a paisagem por durante dez minutos, e os espectadores de joelho ficaram maravilhados.
Conhecimento é poder, e os israelitas esperavam que Hiram Abiff revelasse a eles os segredos da astronomia e como chegar até os deuses.
O Antigo Testamento não se detém nos detalhes do trabalho da construção do templo, mas surpreendentemente as tradições orais da Maçonaria o fazem. Eles descrevem os acontecimentos cercando a construção do templo do rei Salomão em considerável detalhe e o ritual maçônico do Terceiro Grau é uma parte importante dessa informação.
No ritual do Terceiro Grau da Maçonaria diz que o rei Salomão, o rei Hiram e Hiram Abiff foram três Grandes Mestres. Isso sugere que ocupavam lugar numa ordem secreta que estaria de alguma maneira conectada à Maçonaria ou seria análoga a ela. Diz-se que eles se encontravam numa câmara secreta diariamente sob o “sacrário” do Templo – o santuário interno onde ficava a Arca da Aliança. Essa câmara se conectava por um corredor ao palácio de Salomão, na cidade do sul.
Segundo a cultura maçônica, como expressa no rito de Terceiro Grau, quando o templo estava quase completo, quinze veteranos pedreiros-sacerdotes israelitas, que estavam trabalhando como feitores, começaram a se preocupar com o fato de ainda não possuírem os segredos e decidiram recorrer a todos os meios para obtê-los – mesmo se isso significasse recorre à violência. Esse conhecimento tão importante estava relacionado com o poder de capturar a luz da Shekinah dentro do templo.
Esses pedreiros-sacerdotes resolveram preparar uma emboscada para Hiram e arrancar seus segredos pela força. Mas doze dos quinze acharam que isso era errado e saíram da trama. Sobraram três conspiradores que se colocaram nas entradas do templo, ao leste, norte e sul, e esperaram que o mestre chegasse para venerar o deus Sol. Sabiam que El sempre fazia isso quando dava meio-dia, quando o sol estava no zênite.
Tendo concluído suas orações, Hiram tentou retornar pela entrada sul, onde foi desafiado pelo primeiro dos sacerdotes que, segundo a lenda, tinha se armado com uma pesada régua de prumo. Erguendo a arma de modo ameaçador, exigiu ser inteirado dos segredos de um Mestre Maçom, advertindo que a conseqüência de uma recusa seria a morte.
Hiram Abiff respondeu que aqueles segredos só eram conhecidos por três pessoas no mundo e que, sem o consentimento e cooperação dos outros dois (o rei Hiram e o rei Salomão, não poderia, nem queria, divulgar os segredos e que preferia ser executado a trair a confiança sagrada depositada nele. O feitor, então, dirigiu um violento golpe para a cabeça de Hiram, mas não conseguiu acertar sua testa e só atingiu de raspão na têmpora direita, o que fez o mestre cambalear e cair sobre o joelho esquerdo. Recuperando-se do choque, Hiram avançou para a entrada norte.
Lá foi abordado pelo segundo dos conspiradores, que estava armado com um prumo. Hiram novamente repeliu a exigência que o homem fazia de conhecer os segredos e foi imediatamente atingido por um violento golpe, dessa vez na têmpora esquerda, que o fez cair no chão apoiado no joelho direito. Hiram cambaleou, fraco e sangrando, para a entrada leste, onde o terceiro conspirador armado com uma marreta atingiu-o com um golpe fatal na testa.
A ausência de Hiram logo foi percebida, e alguns dos sacerdotes mais antigos foram contar a Salomão sobre o desaparecimento do mestre. No mesmo dia doze artesãos que tinham originalmente se juntado à conspiração compareceram diante do rei e fizeram uma confissão voluntária de tudo que sabiam.
O rei Salomão selecionou quinze dos seus melhores homens e ordenou-lhes que fizessem uma busca cuidadosa de Hiram. Muitos dias transcorreram em busca infrutífera até que um dos homens agarrou-se a um arbusto que, para sua surpresa, saiu facilmente do solo. Ao examinar mais de perto, ele descobriu que a terra fora recentemente revolvida e , cavando alguns centímetros com seus companheiros, logo encontrou o corpo de Hiram.
O rei Salomão ordenou que os homens lavassem o corpo de Hiram Abiff para um sepultamento adequado. Os assassinos foram encontrados em uma caverna e confessaram o crime. Salomão os sentenciou a uma morte terrível.
O templo foi finalmente concluído, mas diz-se no ritual maçônico que os verdadeiros segredos continuaram perdidos, até os dias de hoje (será?).
Uma Nova Ordem Surge
Com a ajuda de Hiram Abiff, a pedra fundamental do novo templo foi devidamente lançada em 967 a.c., quatro anos depois de Salomão ter subido ao trono de Jerusalém e dois anos depois de Hiram ter se tornado rei de Tiro.
O Centro exato do templo tinha de ser erguido no terreno alto ao norte da cidade, que agora faz parte do Monte do Templo, para que a luz do sol nascente, durante todo o ano, irrompesse no horizonte em pontos precisos sobre a encosta da colina leste. O sol se levanta exatamente a leste duas vezes por ano, uma na primavera e outra no outono, nos dois equinócios, quando há exatamente 12 horas de luz do dia e 12 horas de escuridão.
A localização de Jerusalém não era acidental, pois trata de um lugar ideal para observar o nascer e o pôr do sol. O ângulo das sombras projetadas pelo sol nascente e poente varia de acordo com a longitude. No Equador, cada dia é mais ou menos igualmente dividido em luz e escuridão e o dia surge exatamente a leste e se põe exatamente a oeste. Nos pólos, o sol nunca se põe no verão e nunca surge no inverno. No meio desses extremos, o ângulo entre os dois solstícios aumenta à medida que a pessoa se afasta do Equador. A latitude de Jerusalém é 31º47’ norte, que significa que o ângulo das sombras projetadas pelos solstícios de inverno e verão é precisamente de 60 graus!
Para observar isso, só se precisava desenhar um círculo no solo e colocar uma estaca vertical no leste e outra a oeste. Na manhã do solstício de inverno, a estaca leste projetaria uma sombra de 30 graus ao norte do centro e nessa noite a estaca do oeste projetaria uma sombra de 30 graus ao sul do oeste.Aconteceria o aposto no solstício de verão, criando uma forma de diamante dentro do círculo. Uma linha norte-sul cruzando os dois ângulos produz um sinal indicativo que é único para essa latitude – e em Jerusalém forma a perfeita estrela de seis pontas que é conhecida como Selo de Salomão ou Estrela de Davi. Esse símbolo é um diagrama solar, que celebra a posição geográfica de Jerusalém.
Hiram Abiff, como bom sacerdote fenício, e adorador da deusa Astarte/Asherah, não queria somente que o Templo se limitasse aos padrões básicos do nascer e do pôr do sol. O nome Jerusalém na língua cananeia significa “fundação para observar a ascensão de Vênus e Hiram queria calcular os movimentos de Vênus e dos padrões extremamente complexos da Shekinah quando ela se ergue à frente do sol.
Imaginem o momento em que a Shekinah chegou, como previsto, em 967 a.c., 1440 anos depois do Dilúvio, no momento em que a pedra fundamental do novo templo era lançada. A estrela da manhã surgiu rapidamente e iluminou toda a paisagem por durante dez minutos, e os espectadores de joelho ficaram maravilhados.
Segredos do Templo
Conhecimento é poder, e os israelitas esperavam que Hiram Abiff revelasse a eles os segredos da astronomia e como chegar até os deuses.
O Antigo Testamento não se detém nos detalhes do trabalho da construção do templo, mas surpreendentemente as tradições orais da Maçonaria o fazem. Eles descrevem os acontecimentos cercando a construção do templo do rei Salomão em considerável detalhe e o ritual maçônico do Terceiro Grau é uma parte importante dessa informação.
No ritual do Terceiro Grau da Maçonaria diz que o rei Salomão, o rei Hiram e Hiram Abiff foram três Grandes Mestres. Isso sugere que ocupavam lugar numa ordem secreta que estaria de alguma maneira conectada à Maçonaria ou seria análoga a ela. Diz-se que eles se encontravam numa câmara secreta diariamente sob o “sacrário” do Templo – o santuário interno onde ficava a Arca da Aliança. Essa câmara se conectava por um corredor ao palácio de Salomão, na cidade do sul.
Segundo a cultura maçônica, como expressa no rito de Terceiro Grau, quando o templo estava quase completo, quinze veteranos pedreiros-sacerdotes israelitas, que estavam trabalhando como feitores, começaram a se preocupar com o fato de ainda não possuírem os segredos e decidiram recorrer a todos os meios para obtê-los – mesmo se isso significasse recorre à violência. Esse conhecimento tão importante estava relacionado com o poder de capturar a luz da Shekinah dentro do templo.
Esses pedreiros-sacerdotes resolveram preparar uma emboscada para Hiram e arrancar seus segredos pela força. Mas doze dos quinze acharam que isso era errado e saíram da trama. Sobraram três conspiradores que se colocaram nas entradas do templo, ao leste, norte e sul, e esperaram que o mestre chegasse para venerar o deus Sol. Sabiam que El sempre fazia isso quando dava meio-dia, quando o sol estava no zênite.
Tendo concluído suas orações, Hiram tentou retornar pela entrada sul, onde foi desafiado pelo primeiro dos sacerdotes que, segundo a lenda, tinha se armado com uma pesada régua de prumo. Erguendo a arma de modo ameaçador, exigiu ser inteirado dos segredos de um Mestre Maçom, advertindo que a conseqüência de uma recusa seria a morte.
Hiram Abiff respondeu que aqueles segredos só eram conhecidos por três pessoas no mundo e que, sem o consentimento e cooperação dos outros dois (o rei Hiram e o rei Salomão, não poderia, nem queria, divulgar os segredos e que preferia ser executado a trair a confiança sagrada depositada nele. O feitor, então, dirigiu um violento golpe para a cabeça de Hiram, mas não conseguiu acertar sua testa e só atingiu de raspão na têmpora direita, o que fez o mestre cambalear e cair sobre o joelho esquerdo. Recuperando-se do choque, Hiram avançou para a entrada norte.
Lá foi abordado pelo segundo dos conspiradores, que estava armado com um prumo. Hiram novamente repeliu a exigência que o homem fazia de conhecer os segredos e foi imediatamente atingido por um violento golpe, dessa vez na têmpora esquerda, que o fez cair no chão apoiado no joelho direito. Hiram cambaleou, fraco e sangrando, para a entrada leste, onde o terceiro conspirador armado com uma marreta atingiu-o com um golpe fatal na testa.
A ausência de Hiram logo foi percebida, e alguns dos sacerdotes mais antigos foram contar a Salomão sobre o desaparecimento do mestre. No mesmo dia doze artesãos que tinham originalmente se juntado à conspiração compareceram diante do rei e fizeram uma confissão voluntária de tudo que sabiam.
O rei Salomão selecionou quinze dos seus melhores homens e ordenou-lhes que fizessem uma busca cuidadosa de Hiram. Muitos dias transcorreram em busca infrutífera até que um dos homens agarrou-se a um arbusto que, para sua surpresa, saiu facilmente do solo. Ao examinar mais de perto, ele descobriu que a terra fora recentemente revolvida e , cavando alguns centímetros com seus companheiros, logo encontrou o corpo de Hiram.
O rei Salomão ordenou que os homens lavassem o corpo de Hiram Abiff para um sepultamento adequado. Os assassinos foram encontrados em uma caverna e confessaram o crime. Salomão os sentenciou a uma morte terrível.
O templo foi finalmente concluído, mas diz-se no ritual maçônico que os verdadeiros segredos continuaram perdidos, até os dias de hoje (será?).
Uma Nova Ordem Surge
Após esse triste episódio o rei Salomão convocou uma assembléia de todos os sacerdotes que viviam em sua terra e pronunciou o julgamento de que todas as crenças e deuses eram parte de uma única verdade integral. Ele é Ela e Ela é Ele; a luz Shekinah é a verdadeira luz de todas as verdades.
Todos os deuses são apenas fragmentos de uma singularidade integral, que é a mesma única e divina. Exatamente como cada pessoa faz parte da humanidade.
Salomão respeitava as tradições de Enoque, que antigamente eram para muitos judeus ainda mais importantes que as de Moisés.
Enoque esteve na Terra 2.000 anos antes de Moisés, e a existência do clero enoquiano retrocede até muito antes de haver qualquer conceito de judaísmo. Há um grau maçônico chamado “O Real Arco de Enoque”, e, também o famoso Livro de Enoque. Por volta de 500 d.c. as cópias deste livro foram destruídas, restando apenas os originais hipoteticamente no Vaticano. Porém, por uma ironia do destino, ou porque Eles quiseram, foram encontrados cópias nos famosos Manuscritos do Mar Morto e decifrados há mais de 50 anos (eu já o li pelo menos umas quinze vezes e citei em vários textos meus).
Todos os deuses são apenas fragmentos de uma singularidade integral, que é a mesma única e divina. Exatamente como cada pessoa faz parte da humanidade.
Salomão respeitava as tradições de Enoque, que antigamente eram para muitos judeus ainda mais importantes que as de Moisés.
Enoque esteve na Terra 2.000 anos antes de Moisés, e a existência do clero enoquiano retrocede até muito antes de haver qualquer conceito de judaísmo. Há um grau maçônico chamado “O Real Arco de Enoque”, e, também o famoso Livro de Enoque. Por volta de 500 d.c. as cópias deste livro foram destruídas, restando apenas os originais hipoteticamente no Vaticano. Porém, por uma ironia do destino, ou porque Eles quiseram, foram encontrados cópias nos famosos Manuscritos do Mar Morto e decifrados há mais de 50 anos (eu já o li pelo menos umas quinze vezes e citei em vários textos meus).
O rei Salomão decidiu empossar uma nova ordem sacerdotal baseada nos mistérios e ritos do clero enoquiano. A missão deles era instaurar uma Nova Ordem Mundial, onde os deuses seriam vistos como parte de um só. Essa nova divindade suprema é o Deus dos modernos judaísmo, cristianismo e islã, ou seja, essa Nova Ordem foi instaurada com gigantesco sucesso e perdura até os dias de hoje.
Os segredos da ordem sacerdotal de Salomão seriam passados de pai para filho, e o clero deveria ficar invisível ao homem comum. Sua missão era construir um mundo em que usariam sua influência para assegurar que todos os deuses fossem dignificados para glória da divindade máxima. Sua tarefa era unificar o mundo inteiro numa sociedade única, onde Deus governasse por meio do rei, seu regente na Terra. Deviam alcançar esse objetivo por qualquer meio, incluindo o uso criterioso do dinheiro, influência política e, se tudo mais falhasse, a força (a mais utilizada).
O centro dessa nova grande ordem ia ser Jerusalém.
Esses sacerdotes enoquianos deviam se transformar num clero hereditário que transmitiria seu antigo conhecimento às novas gerações. E, 2500 anos mais tarde, esse corpo sacerdotal continua suas obras sob a capa de uma ordem chamada Maçonaria.
Considerando as transformações na humanidade, vemos que essa Nova Ordem Mundial de Salomão, surgida há milênios, foi a iniciativa de maior sucesso na história da civilização humana.
Sendo assim, Salomão torna-se um dos maiores líderes da história da humanidade, e não apenas o rei de uma pequena tribo. Suas atitudes e pensamentos mudaram a trajetória neste planeta. Será que ele teve ajuda externa?
Sim. Foram comandados pelos arianos da Nobreza Negra da Fenícia, ligados a Fraternidade Babilônica, que por sua vez tinham ajuda externa, e aprenderam muito nas montanhas com os deuses e inteligências superiores do universo.
Ao mesmo tempo livros que descrevem a vida de Salomão, como o Kebra Nagast, mostram este rei absoluto e respeitado, viajando em seus carros voadores e utilizando dispositivos engraçados como a estranha “zion” para falar com Deus. Uma tecnologia impossível para época. Ajuda externa? Sim. Está bem documentado.
O Livro de Enoque é outro grande mistério, contém grandes verdades e um retrato de uma época onde “anjos” e humanos viviam e copulavam. Foi parcialmente destruído e guardado pelos poderosos, que não esperavam o “achado” do Mar Morto. Neste livro a uma lista do nome dos anjos decaídos e suas profissões, assim como dos anjos que bisbilhotavam em nome de Deus. Salomão tinha profundo respeito por esse livro, e com certeza conhecia a verdadeira natureza dos anjos e neflins, assim como seus sacerdotes.
É parte do plano fazer com que todos acreditem na existência de apenas um Deus, porém nem mesmo os fundadores deste pensamento acreditavam nesta possibilidade. Eles deixaram símbolos e algumas pistas na própria bíblia, para aqueles poucos que querem descobrir a verdade, ou tem capacidade para conhecê-la.
Eles sabiam que os deuses não eram espirituais, e isso é claro. O que será que procuravam na iluminação da Shekinah? A representação de uma luz vinda do céu, assim como os deuses faziam com seus carros?
A Nova Ordem Mundial foi implantada aos poucos, e nós estamos no centro dela, não há para onde correr. Eles criaram uma espécie de Matrix, uma blindagem de desinformação, para que não tenhamos chance de chegar perto da verdade que eles escondem. A maioria das pessoas não tem capacidade de distinguir o que foram condicionadas a pensar e o que são pensamentos próprios. Isso é uma triste condição, um legado tão forte que nem Salomão esperava.
Aos poucos alguns poucos batalhadores vão esclarecendo fatos que aconteceram na origem de nossa espécie, antes da existência destas ordens dominadoras, antes da existência destas sociedades de poderosos que buscam controlar as mentes humanas, antes desta nuvem escura que caiu sobre o mundo, que não permite que vejamos o horizonte. Que não permite que vejamos nossa condição perante o universo e nossa própria essência
Os segredos da ordem sacerdotal de Salomão seriam passados de pai para filho, e o clero deveria ficar invisível ao homem comum. Sua missão era construir um mundo em que usariam sua influência para assegurar que todos os deuses fossem dignificados para glória da divindade máxima. Sua tarefa era unificar o mundo inteiro numa sociedade única, onde Deus governasse por meio do rei, seu regente na Terra. Deviam alcançar esse objetivo por qualquer meio, incluindo o uso criterioso do dinheiro, influência política e, se tudo mais falhasse, a força (a mais utilizada).
O centro dessa nova grande ordem ia ser Jerusalém.
Esses sacerdotes enoquianos deviam se transformar num clero hereditário que transmitiria seu antigo conhecimento às novas gerações. E, 2500 anos mais tarde, esse corpo sacerdotal continua suas obras sob a capa de uma ordem chamada Maçonaria.
Conclusão
Considerando as transformações na humanidade, vemos que essa Nova Ordem Mundial de Salomão, surgida há milênios, foi a iniciativa de maior sucesso na história da civilização humana.
Sendo assim, Salomão torna-se um dos maiores líderes da história da humanidade, e não apenas o rei de uma pequena tribo. Suas atitudes e pensamentos mudaram a trajetória neste planeta. Será que ele teve ajuda externa?
Sim. Foram comandados pelos arianos da Nobreza Negra da Fenícia, ligados a Fraternidade Babilônica, que por sua vez tinham ajuda externa, e aprenderam muito nas montanhas com os deuses e inteligências superiores do universo.
Ao mesmo tempo livros que descrevem a vida de Salomão, como o Kebra Nagast, mostram este rei absoluto e respeitado, viajando em seus carros voadores e utilizando dispositivos engraçados como a estranha “zion” para falar com Deus. Uma tecnologia impossível para época. Ajuda externa? Sim. Está bem documentado.
O Livro de Enoque é outro grande mistério, contém grandes verdades e um retrato de uma época onde “anjos” e humanos viviam e copulavam. Foi parcialmente destruído e guardado pelos poderosos, que não esperavam o “achado” do Mar Morto. Neste livro a uma lista do nome dos anjos decaídos e suas profissões, assim como dos anjos que bisbilhotavam em nome de Deus. Salomão tinha profundo respeito por esse livro, e com certeza conhecia a verdadeira natureza dos anjos e neflins, assim como seus sacerdotes.
É parte do plano fazer com que todos acreditem na existência de apenas um Deus, porém nem mesmo os fundadores deste pensamento acreditavam nesta possibilidade. Eles deixaram símbolos e algumas pistas na própria bíblia, para aqueles poucos que querem descobrir a verdade, ou tem capacidade para conhecê-la.
Eles sabiam que os deuses não eram espirituais, e isso é claro. O que será que procuravam na iluminação da Shekinah? A representação de uma luz vinda do céu, assim como os deuses faziam com seus carros?
A Nova Ordem Mundial foi implantada aos poucos, e nós estamos no centro dela, não há para onde correr. Eles criaram uma espécie de Matrix, uma blindagem de desinformação, para que não tenhamos chance de chegar perto da verdade que eles escondem. A maioria das pessoas não tem capacidade de distinguir o que foram condicionadas a pensar e o que são pensamentos próprios. Isso é uma triste condição, um legado tão forte que nem Salomão esperava.
Aos poucos alguns poucos batalhadores vão esclarecendo fatos que aconteceram na origem de nossa espécie, antes da existência destas ordens dominadoras, antes da existência destas sociedades de poderosos que buscam controlar as mentes humanas, antes desta nuvem escura que caiu sobre o mundo, que não permite que vejamos o horizonte. Que não permite que vejamos nossa condição perante o universo e nossa própria essência
TIRE SUAS CONCLUSÕES LENDO COMO CATÓLICO, AS 15 ESTAÇÕES. E COMO MAÇOM, LEIA OS 15 CAPÍTULOS: E O CAPÍTULO UM - Os segredos perdidos da Maçonaria
I ESTAÇÃO – JESUS É CONDENADO À MORTE |
II ESTAÇÃO – JESUS RECEBE A CRUZ ÀS COSTAS |
III ESTAÇÃO – JESUS CAI PELA 1ª VEZ |
IV ESTAÇÃO – JESUS ENCONTRA COM SUA MÃE |
V ESTAÇÃO – SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ |
VI ESTAÇÃO – VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS |
VII ESTAÇÃO – JESUS CAI PELA 2ª VEZ |
VIII ESTAÇÃO – JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM |
IX ESTAÇÃO – JESUS CAI PELA 3ª VEZ |
X ESTAÇÃO – JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES |
XI ESTAÇÃO – JESUS É PREGADO NA CRUZ |
XII ESTAÇÃO – JESUS MORRE NA CRUZ |
XIII ESTAÇÃO – JESUS É DESCIDO DA CRUZ |
XIV ESTAÇÃO – JESUS É COLOCADO NO SEPULCRO |
XV ESTAÇÃO – JESUS VENCE A MORTE |
FARAÓS, FRANCO-MAÇONS
E A DESCOBERTA DOS MANUSCRITOS SECRETOS
DE JESUS CHRISTOPHER KNIGHT & ROBERT LOMAS T
RADUÇÃO E NOTAS Z.RODRIX
EDITORA LANDMARK
São Paulo, Brasil Agradecimentos Os autores gostariam de expressar seus agradecimentos às seguintes pessoas, por sua ajuda e assistência durante a escrita deste livro: Em primeiro lugar, às nossas famílias, que toleraram as longas horas de ausência enquanto estávamos pesquisando e escrevendo. Ao reverendo Hugh Lawrence, um Past-Master da Ordem (que prefere permanecer anônimo), Tony Thorne, Niven Sinclair, Judy Fisken, Barbara Pickard, Ven. Ir. Alan Atkins, Ven. Ir. Adrian Unsworth, Steve Edwards, barão St Clair Bonde of Charleston, Fife. Ao nosso agente Bill Hamilton da A. M. Heath & Co. Ltd, aos nossos editores Mark Booth e Liz Rowlinson, da Century, e a Roderik Brown. "A Chave de Hiram poderia lançar as centelhas do início de uma reformulação do pensamento cristão e de uma reconsideração dos 'fatos' que nós tão cegamente temos aceitado e perpetuado através de gerações. Este livro é uma peça obrigatória para os livres pensadores!". David Sinclair Bouschor Past Grão-Mestre da Maçonaria, Grande Loja de Minnesota, EUA. Christopher Knight nasceu em 1950 e em 1971 concluiu seus estudos formando-se em publicidade e desenho gráfico. Sempre demonstrou um forte interesse no comportamento social e no sistema de crenças tendo por muitos anos atuado como analista de consumo envolvido no planejamento de novos produtos e estratégias de vendas. Em 1976 tornou-se Maçom e atualmente é presidente de uma agência de publicidade e marketing. Dr Robert Thomas nasceu em 1947 e graduou-se com honra em engenharia elétrica, iniciando-se após isso em pesquisas no campo da física dos estados sólidos. Mais tarde trabalhou no sistema de direcionamento para os mísseis Cruise e esteve envolvido no desenvolvimento de computadores pessoais mantendo sempre o seu interesse sobre história da ciência. Atualmente leciona no Centro de Administração da Universidade de Bradford. Em 1976 tornou-se Maçom e rapidamente tornou-se um conceituado palestrante sobre a história da Maçonaria nas Lojas da região de West Yorkshire. Seu segundo livro, O Segundo Messias, foi publicado em 1997 e está disponível pela Arrow em sua versão original em inglês e pela Editora Landmark em sua versão em português. Seu último livro Urieli Machine também está disponível pela Arrow. ************************* Z. Rodrix nasceu no Rio de Janeiro em 1947, é músico, autor teatral, palestrante, publicitário e escritor. Teve seu romance de estréia, Diário de um Construtor do Templo, primeiro volume da Trilogia do Templo, premiado em 2000 com o prêmio Lima Barreto Especial do Júri, concedido pela UBE. Iniciado em 1991 no Rito Escocês Antigo e Aceito, milita na Maçonaria desde essa data sem interrupções, tendo alcançado o Grau 32°, sendo também membro das Lojas de Mark Masonry e de Royal Arch Masonry, na cidade de São Paulo. Dedicado à memória de John Marco Allegro Um homem vinte anos à frente de seu tempo. Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O que vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em um sussurro, proclamai do alto do edifício. Yehoshua Ben Joseph, também conhecido como Jesus Cristo Índice Introdução à Edição em Língua Portuguesa 1 Introdução 1 1. Os Segredos Perdidos da Maçonaria A Mais Pura Falta de Objetividade Um Pobre Candidato Imerso em Trevas Os Mistérios Ocultos da Natureza e da Ciência Uma Pequena Luz Conclusão 2. Começa a Busca Onde se originou a Ordem? O Templo do Rei Salomão Conclusão 3. Os Cavaleiros Templários Os Primórdios da Ordem O Que Buscavam os Templários? A Regra da Ordem O Selo da Ordem A Organização da Ordem Conclusão 4. A Conexão Gnóstica Os Primeiros Censores Cristãos Os Evangelhos Gnósticos A Ressurreição Gnóstica Conclusão 5. Jesus Cristo: Homem, Deus, Mito ou Franco-Maçom? Mais um Nascimento de uma Virgem Os Principais Grupos de Jerusalém A Firme Evidência dos Manuscritos do Mar Morto A Família de Jesus O Nascimento de uma Nova Religião A Verdade entre as Heresias Uma Ligação Positiva entre Jesus e os Templários A Estrela dos Mandeanos A Estrela da América Conclusão 6. E no Principio, Deus Criou o Homem O Jardim do Éden As Cidades da Suméria Ur, a Cidade de Abraão. Deus, o Rei, o Sacerdote e os Construtores A Figura de Abraão, o Primeiro Judeu Conclusão 7. O Legado dos Egípcios Os Primórdios do Egito A Estabilidade dos Dois Reinos A Feitura de um Rei Provando o Improvável A Evidência Silenciosa A Estrela da Manhã Brilha Novamente Conclusão 8. O Primeiro Franco-Maçom Hiram Abiff Descoberto O Colapso do Estado Egípcio Os Reis Hicsos A Perda dos Segredos Originais A Evidência Bíblica O Assassinato de Hiram Abiff Os Assassinos de Hiram Abiff A Evidência Física A Evidência Maçônica Seqenenre Tao, o Intimorato. Conclusão 9. O Nascimento do Judaísmo Moisés, o Doador da Lei. O Deus Guerreiro das Montanhas do Sinai E os Muros Caíram ao Chão A Oportunidade do Êxodo David e Salomão Conclusão 10. Mil Anos de Luta A Jovem Nação Judaica O Exílio na Babilônia O Profeta da Nova Jerusalém O Templo de Zorobabel Uma Nova Ameaça a Yahweh Conclusão 11. O Pesher de Jachin e Booz Os Manuscritos do Mar Morto Os Livros Perdidos dos Macabeus O Eleito de Judá Midrash, Pesher e Parábola. Os Segredos de Qurnran Os Pilares Gêmeos Conclusão 12. O Homem que Transformava a Água em Vinho A Corrida contra o Tempo O Novo Caminho para o Reino de Deus A Prisão do Pilar Real Julgamento e Crucificação Os Símbolos de Jesus e Tiago A Ascensão do Mentiroso Os Tesouros dos Judeus Conclusão 13. A Ressurreição Os Vestígios da Igreja de Jerusalém O Manuscrito da "Jerusalém Celestial" O Impacto dos Manuscritos Nazoreanos Conclusão 14. A Verdade Libertada A Profecia se Torna Verdade A Crucificação A Evidência Física A Mensagem Vem à Tona A Terra da Estrela Chamada "La Merika" Conclusão 15. A Redescoberta dos Manuscritos Perdidos O Santuário Escocês O Retorno a Rosslyn Faça-se a Luz! O Segredo Perdido da Maçonaria de Marca Redescoberto O Lorde Protetor que Protegeu Rosslyn Por Trás do Selo de Salomão Escavando os Manuscritos Nazoreanos Post Scriptum Apêndice I: O Desenvolvimento da Moderna Maçonaria e seu Impacto no Mundo A Reforma Inglesa e as Condições para a Emergência O Rei que Ergueu o Sistema de Lojas Os Arquitetos do Segundo Grau A Nova Heresia As Antigas Obrigações A Ascensão dos Republicanos A Sociedade Real Emerge A Maçonaria Encontra os seus Próprios Pés A Maçonaria se Difunde O Desenvolvimento da Maçonaria na América Apêndice II: Lojas Maçônicas Escocesas Anteriores a 1710 com a Data do seu Primeiro Registro Apêndice III: Os Primeiros Grão-Mestres da Maçonaria Inglesa Apêndice IV: Os Primeiros Grão-Mestres da Maçonaria Escocesa Apêndice V: Cronologia Apêndice VI: Mapas Índice Remissivo Introdução à Edição em Língua Portuguesa Em 1996, passeando os olhos e as mãos pelas estantes de uma livraria especializada em assuntos da mística e do esoterismo, deparei-me com um grosso volume de capa dura na estante de obras maçônicas: chamava-se The Hyram Key de dois irmãos ingleses, editada naquele mesmo ano. Adorando a arte de capa e os assuntos listados no índice, comprei. Foi uma experiência fascinante ler as descobertas feitas por dois membros da Maçonaria da Inglaterra, com a qual já tivemos tantas e tão profundas ligações, que felizmente estamos reatando nos últimos anos, para mútuo gáudio e prazer. O trabalho de Christopher Knight e Robert Lamas traz um enorme cabedal de fatos indiscutíveis, que recolocam em seu verdadeiro papel a Maçonaria mundial. A obra dá à Ordem Maçônica a devida importância não apenas quanto a sua participação em fatos históricos muito antigos, mas também estabelecendo de forma concreta os motivos pelos quais seus inimigos mais constantes ainda persistem em tratá-la (e a nós, seus membros) como se fosse o próprio Satanás, de maneira pouquíssimo racional. A Ordem, graças a essa obra, pode ser compreendida sem que restem mais dúvidas. Fiquei excitadíssimo com a possibilidade de apresentar esses fatos a vários irmãos, e cheguei mesmo a planejar uma tradução do livro, para que uma eventual necessidade de mercado pudesse trazê-lo a público sem muita dificuldade. Por causa de meu próprio trabalho este projeto acabou relegado a um segundo plano, até que meus irmãos Jorge e Fábio Cyrino, da Editora Landmark, me convidaram para uma reunião. Fui pensando como seria maravilhoso se estivessem dispostos a buscar maneiras de editar essa obra que eu considerava como essencial ao estudo e enriquecimento do maçom brasileiro; e ao chegar lá, foi exatamente desse livro que falamos, numa impressionante sincronicidade, dessas que o Universo anda cheio, ainda que insistamos em não percebê-las. Portanto, graças à conspiração positiva (e sempre a favor) do Universo Vivo, eis a tradução (razoavelmente comentada) da obra: esses comentários, aliás, foram feitos na sua maior parte por Fábio Cyrino, dono de uma capacidade imensa para perceber o que seria compreensível ou incompreensível tanto para o leitor maçônico quanto para o profano interessado no assunto, já que A Chave de Hiram trata por diversas vezes de rituais pouco conhecidos no Brasil. Fábio também fez a tradução da obra seguinte dos mesmos autores, O Segundo Messias, disponível junto com esta, no mesmo esforço editorial, e que recomendo vivamente, por explorar de forma mais aprofundada algumas descobertas feitas por Knight e Lamas neste primeiro trabalho. Essas descobertas são de vital importância para a compreensão da História, não apenas da Maçonaria, mas também da Humanidade, eternamente enganada por seus senhores, quando o assunto é capaz para ampliar a liberdade de pensamento e o livre-arbítrio dos homens, tornando-os livres dos dogmas sem sentido que até hoje só serviram para escravizar-lhes corpo e espírito. A mesma liberdade que aprendi dentro das Lojas Maçônicas, que tenho freqüentado desde minha iniciação, foi o norte inamovível desta tradução: era essencial que ficasse claro para o leitor o valor das descobertas e conclusões dos autores, que esclarecem com extrema precisão e oportunidade alguns enganos perpetuados através dos séculos, já que os que os divulgam não têm tido nenhum interesse em que a Verdade venha à tona. O compromisso maçônico com a Livre Investigação da Verdade, no entanto, é a primeira coisa que aprendemos quando pela primeira vez enxergamos a Verdadeira Luz, e é com a satisfação do cumprimento desse dever que posso entregar aos leitores o presente trabalho, sabendo que os fatos nele apresentados, mais do que qualquer outra coisa, servirão para que se conheça o real objetivo da Maçonaria, e que a fonte onde ele nasce é e sempre será a fonte da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade entre todos os homens do mundo. São Paulo, dezembro de 2002. Z. Rodrix Introdução Henry Ford declarou certa vez que 'toda a História é uma grande mentira', Pode ter soado um tanto abrupto, mas uma vez encarados os 'fatos' do passado que nós ocidentais aprendemos nas escolas, conclui-se que o sr. Ford tinha toda razão. Nosso ponto de partida foi um trabalho de pesquisa particular para tentar encontrar as origens da Maçonaria - a maior sociedade do mundo, hoje com mais de cinco milhões de membros em Lojas regulares, e que no passado incluiu entre eles muitos grandes homens, de Mozart ao próprio Henry Ford. Sendo Franco-Maçons, nosso objetivo era tentar entender um pouco mais sobre o significado da ritualística maçônica: essas cerimônias estranhas e secretas efetuadas exclusivamente por homens, quase todos de meia idade e de classe média, de um pólo a outro. No centro das lendas maçônicas está um personagem denominado Hiram Abiff que, de acordo com o que se conta a todos os Maçons, foi assassinado há quase dois mil anos atrás durante a construção do Templo do Rei Salomão. Este homem é um enigma absoluto. Seu papel como construtor do Templo do Rei Salomão e as circunstâncias de sua horrível morte são claramente descritas nas histórias maçônicas, mas ele não é mencionado no Antigo Testamento (1). Durante quatro dos seis anos que gastamos nessa pesquisa acreditamos que fosse uma criação simbólica, mas então ele se materializou das brumas do tempo para provar-se extremamente real. Assim que Hiram Abiff se ergueu do passado distante, nos brindou com nada menos que uma nova chave para a História ocidental. As contorções intelectuais e as elaboradas conclusões que previamente formaram a visão coletiva que a sociedade ocidental tem de seu passado deram lugar a uma ordem simples e lógica. Nossas pesquisas nos levaram inicialmente à reconstrução do ritual de mais de quatro mil anos de idade que o Egito usava para a feitura de seus reis: isso nos levou a desvendar um assassinato que ocorreu por volta de 1570 a.c., e o que deu partida à cerimônia de ressurreição que é a antecedente direta da moderna Maçonaria. Ao seguirmos o desenvolvimento desse ritual secreto, de Tebas a Jerusalém, descobrimos seu papel na construção da nação judaica e na evolução de sua teologia. Em flagrante contraste com o que hoje se acredita ser fato, o mundo ocidental na verdade se desenvolveu de acordo com uma filosofia muito antiga, codificada em um sistema secreto que só veio à superfície em três momentos cruciais nos últimos três mil anos. A prova final de nossas descobertas pode certamente tornar-se a maior descoberta arqueológica do século: nós localizamos os manuscritos de Jesus e de seus seguidores. (1) Hiram Abiff é mencionado no Antigo Testamento como um mestre em metalurgia e trabalhos com metais, enviado pelo Rei de Tiro a Salomão quando da construção do Templo, mencionado em Reis I, 7:13-14 e em Crônicas II, 2:13-14. Em algumas versões do Antigo Testamento, ele é apresentado como sendo Adonhiram, um coletor de impostos, mencionado em Samuel n, 20: 24, ou como superintendente dos trabalhos no Monte Líbano, mencionado em Reis I, 5:14. (N. T.) Capítulo Um Os Segredos Perdidos da Maçonaria Que a Maçonaria data de antes do Dilúvio; que é apenas uma criação de ontem; que é apenas uma desculpa para o convívio social; que é uma organização ateísta e destruidora de almas; que é uma associação caritativa, fazendo o bem debaixo de uma tola pretensão de segredo; que é uma máquina política de extraordinária potência; que não tem segredos; que seus discípulos possuem o maior conhecimento já legado à Humanidade; que celebram seus misteriosos ritos sob os auspícios e as invocações a Mefistófeles; que seus atos são perfeitamente inocentes, para não dizer extremamente estúpidos; que os Maçons cometem todos os crimes de que não se pode acusar a mais ninguém; e que existem com o único propósito de promover a fraternidade e a irmandade universais - essas são algumas das alegações que fazem os boquirrotos que estão fora do círculo dos Livres e Aceitos Irmãos. OMNE IGNOTUM PROMAGNIFICO. Quanto menos se sabe mais se aprende na Maçonaria. (The Daily Telegraph, Londres, 1871) A Maçonaria coloca um considerável empenho em encorajar altos padrões de moralidade entre seus membros. Mas não é nada surpreendente que uma sociedade que use apertos de mão, sinais e linguagem secreta para o reconhecimento mútuo de seus membros se tome mais suspeita de ser uma má que uma boa influência. Por que usar esses métodos, senão para ocultar a verdade? Por que ocultar, se nada existe a ocultar? Os que estão fora da Maçonaria acham tão tola a idéia de vestir-se, recitar textos esotéricos e realizar estranhos rituais que tendem a acreditar que deve haver nela alguma outra atração, e muito mais sinistra. Provavelmente não há... Mas uma negativa é sempre mais difícil de provar. (The Daily Telegraph, Londres, 1995) A Mais Pura Falta de 0bjetividade Em 1871, a rainha Vitória ainda tinha trinta anos de reinado à sua frente, Ulysses S. Grant era presidente dos Estados Unidos da América, e a Maçonaria era alvo da especulação pública. Cento e vinte e cinco anos depois, a chegada do homem à Lua já está a uma geração de distância, e a Maçonaria ainda é alvo da especulação pública. Encontramos a primeira das epígrafes acima num recorte de jornal dobrado em um empoeirado livro sobre a História da Maçonaria, onde foi usado como marcador de página por algum Maçom já falecido. Chris leu o segundo em um ano no meio do Atlântico entre o almoço e o filme. Quase tudo, inclusive o estilo de escrita, mudou nos últimos cento e vinte e cinco anos, mas a atitude geral do público em relação à Maçonaria hoje ainda é tão confusa quanto era no século XIX. A maioria das pessoas não confia naquilo que não compreende e, quando sentem algum elitismo que as exclua, essa desconfiança rapidamente se transforma em desagrado e até ódio. Enquanto a Maçonaria tem sido aberta a todos os homens acima da idade de vinte e um anos (dezoito pelas constituições escocesas), com boa saúde física e mental, que possam demonstrar bom caráter e expressar a crença em um Deus, não há dúvida que se associar a ela nas Ilhas Britânicas foi, no passado, quase que exclusividade da aristocracia, com os lugares inferiores sendo ocupados pelo estrato superior da classe média. No meio do período vitoriano era socialmente importante, quase essencial, que um profissional fosse Franco-Maçom. Os novos-ricos da Revolução Industrial buscavam status social através da filiação a uma sociedade exclusiva que tivesse alto perfil de ocupação por aristocratas de todos os níveis, incluída a própria família real. Pelo menos em teoria, membros das classes trabalhadoras eram igualmente aptos a tornarem-se Maçons, mas na prática dificilmente passaria por suas cabeças a idéia de tentar unir-se ao "clube" de seus patrões, devido ao fato da existência de uma Loja estar associada com os bem-postos-navida. Em todos os níveis da sociedade, aqueles que não eram Franco-Maçons só podiam especular sobre os segredos que eram revelados aos membros dessa misteriosa organização. Sabia-se que usavam aventais e colares e havia rumores de que enrolavam a barra das calças e trocavam estranhos apertos de mão, enquanto sussurravam senhas uns aos outros. Na segunda metade do século XX, a Maçonaria já era uma organização muito menos elitista, posto que homens de todos os níveis da sociedade buscaram e alcançaram filiação a ela. Ainda assim uma olhada rápida para o topo da Maçonaria Inglesa rapidamente mostra que ser membro da família real ou par hereditário do reino ainda é uma grande vantagem para avanços dentro da Ordem. Muitos no mundo ocidental estão pelo menos conscientes da existência da Maçonaria, e seus mistérios intrigam dois grandes grupos: os que não são Maçons, e se perguntam quais seriam os segredos da Ordem, e os que são Maçons, e também se perguntam quais seriam esses segredos! Uma sólida razão para o silêncio entre os Maçons não é tanto a compulsão de aderir aos sagrados votos, ou o medo de alguma macabra retribuição por parte de seus irmãos, mas sim o fato de que não compreendem uma palavra sequer das cerimônias que participam, sendo o seu único medo o de que as pessoas venham a rir dos rituais tolos e sem objetividade a que comparecem. A Maçonaria para nós, e para todo e cada irmão que conhecemos, é um pouco mais que um clube social cheio de oportunidades e um pouco de teatro amador, seguido por uma lauta refeição acompanhada de muita cerveja e vinho. O ritual complexo e obscuro tem que ser memorizado através de anos e anos de repetição cantada (2). Dá-se muita ênfase à sinceridade com que o ritual é apresentado, mas na realidade apenas pequenas partes da cerimônia conseguem ser entendida como simples mensagens alegóricas que se relacionam com a retidão de caráter moral- o resto é uma estranha mistura de palavras sem significado e representações de supostos eventos históricos que se relacionam com a construção do Templo do Rei Salomão em Jerusalém, há três mil anos. (2) A prática maçônica feita na Grande Loja Unida da Inglaterra é a de se realizar todas as cerimônias sem o auxílio de rituais escritos, prevalecendo com isso uma tentativa de se manter a tradição da transmissão oral dos trabalhos maçônicos. (N. T) Enquanto nós que estamos dentro fazemos muito pouco além de aprender textos amalucados de cor, muitos do lado de fora estão tentando destruir a organização por suspeitar que ela cause corrupção, por vê-la como um bastião de privilégio capitalista ou por considerá-la apenas um clube onde os membros trocam favores. Inúmeros livros sobre o assunto têm alimentado a curiosidade e o antagonismo do público em geral. Alguns, como os escritos pelo autor americano John J. Robinson são obras-primas de pesquisa; outros, como os do falecido, Stephen Knight, são pouco mais que ficção urdida exclusivamente para satisfazer os piores temores do setor antimaçônico. O lobby antimaçônico trabalha constantemente para provar supostas irregularidades, e já tivemos experiência quanto a isto. Um amigo de Chris, renascido-em-Cristo, nos disse recentemente que iria ocupar o lugar de conselheiro na sua igreja. Questionado sobre a quem iria aconselhar, me horrorizou com a resposta, "a todos aqueles que sofrem de feitiços maçônicos". "O que é um feitiço maçônico?", eu perguntei, sem informar minha ligação com a Ordem (como a Maçonaria é chamada pelos seus membros). "Maçons têm que jurar lealdade absoluta entre si mesmos acima de todos os outros, inclusive das famílias. Quando falham, são amaldiçoados com terríveis feitiços, que trazem grande sofrimento a eles e aos que lhes estão próximos!". Eu fiquei momentaneamente sem palavras. A Maçonaria é muitas coisas, mas certamente não é o Mal, apesar de tantas pessoas estarem determinadas a considerá-la exatamente isso. Repudiando diretamente essas acusações nascidas da falta de informação, a Grande Loja Unida da Inglaterra afirma publicamente que "o dever de um Franco-Maçom como cidadão está sempre acima de qualquer obrigação que tenha com qualquer outro. Franco-Maçom", e que "a Maçonaria não pode prejudicar nem a família de um homem nem qualquer de suas ligações pessoais, ou por tomar muito de seu tempo e seu dinheiro ou por forçá-lo a agir de maneira que fira o seu próprio interesse". Não temos nenhum desejo de sermos apologistas da Maçonaria, mas a temos visto praticar o bem e, tanto quanto saibamos, não a temos visto praticar nenhum mal. A Ordem doa consideráveis somas de dinheiro à caridade, anonimamente na maioria das vezes, e promove níveis de retidão moral e responsabilidade social que são não apenas impressionantes, mas também firmam padrões pelos quais muitos outros se têm pautado. Cor, raça, credo, política são sempre irrelevantes para a filiação, e os dois principais objetivos são uma ordem social baseada na liberdade individual e a busca da totalidade do Conhecimento. A única exigência absoluta é a da crença em um Deus... qualquer Deus (3). (3) A crença na existência de uma Divindade, ou de um Princípio Criador (como o professado pelos Maçons do Rito Francês), é um ponto essencial da Maçonaria Especulativa, tão essencial que é um dos pontos balisadores para o ingresso à Ordem. Como citado por Albert Mackey: "a 'religião' da Maçonaria é cosmopolita, universal; mas a crença requerida em um Deus não é incompatível com essa universalidade". De fato, a liberdade dada a cada um de seus membros para que se professe o Deus pessoal e a tolerância com os princípios religiosos de cada um é um dos fatores que tem levado a Maçonaria a sofrer toda a forma de ataque pelas crenças mais fundamentalistas, especialmente as alas mais conservadoras da Igreja Católica Romana e algumas organizações cristãs evangélicas e neopentecostais. (N. T.) Nossa maior crítica à Maçonaria é a sua falta de objetividade. Não sabe de onde veio, ninguém parece saber o que ela deseja alcançar, e parece cada vez mais improvável que ela tenha muito futuro em um mundo que deseja cada vez mais clareza de propósitos e de benefícios. Não só não se conhecem mais as origens da Ordem, mas todos admitem que os "verdadeiros segredos" estão perdidos, e "segredos substitutos" estão sendo usados no lugar nas cerimônias maçônicas, "até o momento em que os verdadeiros sejam redescobertos". Se as palavras que emergem do ritual forem tomadas no seu valor imediato, supõe-se que a Maçonaria deva ter pelo menos três mil anos de idade. Não são apenas os opositores da Ordem que rejeitam isso - a própria Grande Loja Unida da Inglaterra não declara tal antigüidade. Ciente da possível derrisão pública, evita qualquer posição oficial sobre as origens da Ordem e permite apenas às chamadas "lojas de pesquisa" o debate sobre a limitada evidência histórica existente. Um Pobre candidato Imerso em Trevas Quando nós nos tornamos Maçons, passamos pelo processo experimentado por todo iniciado da Ordem, pelo menos nos últimos duzentos e cinqüenta anos. Como parte dessa cerimônia fomos levados a jurar, como homens de honra, que não divulgaríamos nenhum dos segredos da Maçonaria ao mundo profano, e temos consciência de que certas informações que aqui damos podem parecer a alguns Maçons uma traição desses segredos. No entanto, a Grande Loja Unida da Inglaterra considera apenas os meios de reconhecimento mútuo como segredos protegidos pela Ordem, e ninguém poderá passar-se falsamente por Maçom após ter lido este livro. Seria necessário explicar os rituais de maneira consideravelmente detalhada, já que formam a base de toda a nossa pesquisa. Algumas das palavras mencionadas são palavras de passe, mas nunca revelamos que palavras devem ser usadas em que circunstâncias, portanto, fizemos o melhor possível para manter o espírito de nosso juramento. De qualquer forma, fizemos esses votos por entender que nunca interfeririam em nossa liberdade como agentes morais, civis e religiosos: e se esses votos nos impedissem de partilhar as importantes descobertas que fizemos, estariam certamente interferindo nessas liberdades. ********************************** Apesar de termos nos filiado a diferentes Lojas com uma distância de vários anos, podemos nos recordar de experiências idênticas. Eis como nos sentimos: (usaremos o "EU" para significar o que ambos vivemos). Tendo sido entrevistado por um painel de past-masters alguns meses antes, eu agora estava pronto para ser um Franco-Maçom. Aquilo a que ia me unir era virtualmente desconhecido para mim: a única pergunta direta que me havia sido feita tinha sido "crê em Deus?" Eu acreditava, e tudo seguiu até o ponto em que eu estava de pé, ao lado de um guarda que batia com o cabo de uma espada desembainhada na grande porta de madeira que dava acesso ao templo, pedindo. permissão para que eu entrasse. Eu estava imerso em trevas (quer dizer, vendado) e vestido em calças e camisa brancas muito largas. Um de meus pés calçava um simples chinelo, minha perna esquerda estava exposta até o joelho, e a aba esquerda da camisa estava afastada para que meu peito aparecesse nu desse lado. Sem que eu soubesse, uma corda com um nó de carrasco havia sido posta em meu pescoço e deixada cair às minhas costas. Havia sido aliviado de todos os objetos de metal que trazia e agora estava pronto a ser guiado para dentro do templo (mais tarde soube que essa maneira de vestir, a roupa larga com o nó de enforcado à volta do pescoço, era exatamente como um herético medieval teria sido tratado pela Inquisição antes de fazer sua confissão). Recordo-me de perceber a presença de um grande número de pessoas à minha volta e de sentir-me muito vulnerável. Pude sentir uma ponta de metal colocada em meu peito. "Sentes alguma coisa?", perguntou a voz à minha frente. Um sussurro em meu ouvido esquerdo me deu as resposta formal que eu repeti em voz alta. "Sim, eu sinto". "Então que esta ponta seja um ferrão em tua consciência, assim como morte instantânea se acaso algum dia traíres os segredos que agora te serão comunicados" . Outra voz falou do outro lado da sala - eu a reconheci como pertencendo ao Venerável Mestre. "Como nenhum homem pode tornar-se Maçom a menos que seja livre e maduro de idade, eu agora te pergunto - és um homem livre e de idade igual ou acima de vinte e um anos?". "Eu o sou". "Tendo respondido a esta questão de maneira tão satisfatória, existem outras que eu farei imediatamente, esperando que as respondas com a mesma franqueza. Declaras seriamente e por tua honra que é sem preconceito causado por solicitações de amigos que sejam contrárias às tuas próprias inclinações ou influenciado por motivos mercenários ou de qualquer outro indigno teor que livre e voluntariamente te ofereces como candidato aos mistérios e privilégios da Maçonaria? E ainda mais: declaras por tua própria honra que te sentes pronto a requerer os privilégios de uma opinião pré- concebidamente favorável à nossa Ordem, um desejo geral de conhecimento e uma vontade sincera de tornar-se mais amplamente dedicado ao serviço de nossos iguais humanos?". "Sim" . A adaga que havia sido firmemente posta em meu peito foi removida (apesar de que, nesse momento, eu não o soubesse), mas a corda (chamada de cabo de toa) (4) permaneceu em meu pescoço. O homem à minha direita sussurrou que eu me ajoelhasse e uma curta prece foi dita, invocando as bênçãos do Supremo Governador do Universo (Deus - assim descrito de maneira neutra para ser igualmente acessível aos membros de qualquer religião monoteísta). A cerimônia prosseguiu com o mentor me guiando à volta do perímetro do templo, parando por três vezes para apresentar-me como "um pobre candidato imerso em trevas". Eu não via, mas o centro do assoalho do templo era um retângulo de quadrados brancos e negros. No lado oriental estava o altar do Venerável Mestre, ao sul sentava-se o Segundo Vigilante e a oeste, o Primeiro Vigilante, ambos em altares menores. No fim da terceira volta fui levado, ainda vendado, ao pedestal do Venerável Mestre onde ele me perguntou: "Tendo estado nas trevas, qual é o maior desejo de teu coração?" Uma vez mais a resposta me foi sussurrada ao ouvido. (4) Corda que normalmente é utilizada para o reboque de outras embarcações. (N. T.) "Luz" . "Que esse bem então te seja devolvido". A venda foi removida e quando meus olhos se ajustaram pude ver que estava em frente ao Venerável Mestre que imediatamente chamou minha atenção para as "luzes" emblemáticas da Maçonaria, que se explica como sendo o Livro da Lei Sagrada (para candidatos cristãos, a Bíblia), o Esquadro e o Compasso. Ele então me disse que eu agora havia sido aceito no grau de Aprendiz Maçom - o primeiro dos três graus pelos quais teria que passar até ser aceito como Mestre Maçom. Os sinais secretos, apertos de mão e palavras de passe do 1o . Grau me foram então explicados, e me disseram que a coluna que ficava à esquerda da entrada do templo tem significado especial para os Maçons. Tanto o pilar da esquerda quanto o da direita são recriados na Loja e ficam atrás e de cada lado do Venerável Mestre. O pilar da esquerda, chamado Booz, é assim denominado por causa de Booz (5), o bisavô de David, rei de Israel. Após várias perambulações à volta do templo, me apresentaram um avental muito simples feito de pele de carneiro, símbolo do grau que eu havia alcançado. Então me foi dito, "É mais antigo que o Velo de Ouro ou a Águia Romana, mais honrado que a Estrela, a Jarreteira (6) ou qualquer outra condecoração ainda existente, sendo a marca da inocência e o laço da amizade..." Este trecho provou ser uma parte particularmente reveladora do ritual maçônico: como mostraremos, contém evidências claras de ter sido urdido em três períodos diferentes da História, do genuinamente antigo ao relativamente moderno. (5) Booz, personagem constante do Livro de Ruth, no Antigo Testamento, da Casa de Judá, da qual David fazia parte. (N. T.) (6) A Ordem da Jarreteira foi criada em 1348, pelo Rei da Inglaterra, Eduardo III, logo após curioso incidente. Ao dançar com a condessa de Salisbury, sua amante, esta deixou cair a jarreteira, uma liga de prender meias. Ao devolvê-la à sua dona, percebeu que os cortesãos manifestavam risos maliciosos e reagiu com a frase: Honi soi! qui maly pense (vergonha para quem puser nisto malícia). O traje apresenta, além da veste, manto, luvas e chapéu, a própria jarreteira usada na perna esquerda, em veludo azul, com a famosa base bordada a ouro (N. T.) No decorrer da cerimônia, várias virtudes morais e sociais me foram recomendadas usando um semnúmero de analogias arquiteturais: entre elas, as ferramentas de pedreiro foram comparadas a métodos de auto-aprimoramento. Quase no fim da cerimônia de iniciação, fiquei alarmado em saber que existem perguntas que devem ser fixadas na memória para que eu progrida para o 2.° Grau, o de Companheiro Maçom. Entre essas perguntas estão algumas informações, mais intrigantes que informativas: Pergunta: "O que é a Maçonaria?" Resposta: "Um sistema peculiar de Moral, oculto por alegorias e ilustrado por símbolos". Pergunta: "Quais são os três grandes princípios sobre os quais a Maçonaria se fundamenta?" Resposta: "Amor fraternal, alívio e verdade". Para qualquer candidato, o primeiro desses princípios soa razoável, mas os outros dois são difíceis de perceber. Alívio de quê? Qual verdade? Sendo agora um irmão totalmente aceito, apesar de ainda um mero "aprendiz", deixei o templo com a sensação de que alguma coisa de muito especial havia acontecido: mas não fazia a menor idéia do que aquilo tudo significava. Um banquete festivo aconteceu e, sendo o homem do momento, fui colocado à esquerda do Venerável Mestre. Brindes e discursos se seguiram e todos extraímos grande prazer em participar da comemoração. Os mistérios da Ordem não me tinham sido revelados. Talvez, pensei eu, tudo fique claro na próxima cerimônia. Não ficou. Os Mistérios Ocultos da Natureza e da Ciência Alguns meses mais tarde eu passei pela cerimônia do 2o . Grau a fim de alcançar o grau de "Companheiro Maçom". Dessa vez eu adentrei o templo com os demais irmãos usando o mesmo avental simples de pele de carneiro, o símbolo de minha inocência genuína - e de minha muito humilde posição. A Loja foi aberta no 1o . Grau, e como candidato a elevação, fui testado, tendo que responder às perguntas cujas respostas me tinham sido ensinadas no final da primeira cerimônia. Assim que consegui passar por esse exame de habilidade de recitar palavras sem sentido, foi-me ordenado que deixasse o templo para ser devidamente preparado para a "cerimônia de passagem". Fui readmitido vestindo a mesma roupa grosseira que usara na cerimônia de iniciação, agora com a perna esquerda e o peito direito expostos. Enquanto os Diáconos me conduziam à volta do templo, novas palavras de passe e sinais eram revelados, inclusive uma postura de mão erguida que se disse ter sido originada quando ''Josué lutou as batalhas do Senhor (no vale de Joshoshapat) e rezou para que o sol parasse em seu percurso até que a derrota de seus inimigos tivesse sido completada". Isto mais tarde provou ser muito significativo. O pilar da direita da entrada do Templo do Rei Salomão foi descrito para complementar a informação dada no grau anterior sobre o pilar da esquerda. Esse pilar, identificado como "Jachin", assim se chamava por causa do sumo-sacerdote que realizou a sagração dessa seção do Templo de Jerusalém. Os pilares-gêmeos Booz e Jachin se tornariam importantíssimos, em todos os pontos de nossa futura pesquisa. Foi dito que o primeiro representa "a força" ou "na força", e o segundo, "estabelecer" e que quando juntos, significavam" estabilidade" (7). Depois de terminada a cerimônia do 2o . Grau me foi “permitido ampliar minhas pesquisas nos mistérios ocultos da natureza e da ciência". Mais uma vez a cerimônia foi seguida de banquete, discursos e cantos. (7) Freqüentemente tem-se estudado qual o verdadeiro significado das duas colunas vestibulares no pórtico do Templo de Salomão: alguns estudiosos apresentam-nas como homenagens aos ancestrais da casa de David; entretanto, a versão mais aceita atualmente é a de representarem uma frase de dedicação da casa de Deus, podendo também ser traduzida por "em Sua força, estabelecerá". (N. T.) Uma Pequena Luz Alguns meses mais tarde, já como Companheiro, usando um avental branco com duas rosetas azuis, estava apto a ser elevado ao que se considera o "sublime" grau de Mestre Maçom. Mas antes foi necessário que eu mais uma vez provasse a minha competência decorando as respostas para novas perguntas-teste. Enquanto me eram feitas as perguntas e eu as respondia, chamou minha atenção a informação "nossos antigos irmãos recebiam seus salários na câmara do meio do Templo do Rei Salomão, sem dúvidas nem desconfianças e com grande respeito à integridade de seu empregador nesses dias". Estudos cuidadosos da Bíblia não haviam mostrado nenhuma menção a uma câmara do meio no Templo de Salomão. Um engano factual desses não pode ocorrer. Portanto, para dar-lhe algum sentido, concluímos que as perguntas e respostas indicavam que os irmãos haviam sido capazes de confiar em seus empregadores no passado, mas talvez não pudessem fazê-lo agora. Nesse ponto também me foi mostrada uma referência aparentemente bíblica que não existe na Bíblia, mas que indica a missão que me seria dada assim que alcançasse o sublime grau de Mestre Maçom: "Disse o Senhor: Com Força estabelecerei Minha Palavra em Minha Casa para que ela fique de pé para sempre". Essa citação provou ser extremamente importante, apesar de não fazer nenhum sentido para os Maçons de hoje, como não fez sentido para nenhum de nós quando pela primeira vez a ouvimos. Foi-me então revelada uma palavra de passe que me permitiria reentrar o templo quando a Loja já tivesse sido aberta como Loja de Mestres Maçons. As coisas dessa vez eram bem diferentes e muito mais dramáticas. Reentrei no templo para encontrar escuridão total exceto pelo pequeno brilho da luz de uma vela que estava acesa no Oriente em frente ao Venerável Mestre. Na grande sala sem janelas, a vela solitária dava pouquíssimo da iluminação necessária, mas assim que meus olhos se ajustaram foi possível ver as faces atrás dela e apenas vislumbrar as formas do templo em tons de negro e cinza escuro. Dramaticamente, fui informado de que o assunto desse grau era a própria morte. A cerimônia começou com um breve resumo dos graus anteriores: Irmãos, todos os graus da Maçonaria são progressivos e não podem ser alcançados a não ser com tempo, paciência e assiduidade. No 1 ° Grau nos são ensinados os deveres que temos para com Deus, nosso próximo e nós mesmos. No 2° Grau, somos admitidos como participantes dos mistérios da ciência humana, para traçar a bondade e a majestade do Criador, pela analise minuciosa de Seus atos. Mas o 3° Grau é o cimento que a tudo une: foi calculado para unir os homens pelos místicos pontos da irmandade, como um laço de afeição fraternal e amor entre irmãos: mostra as trevas da morte e a escuridão da sepultura como antecipação da luz brilhante, que se segue à ressurreição dos justos, quando esses corpos mortais que por tanto tempo estiveram depositados no pó serão finalmente despertados, reunidos a seus espíritos idênticos, e vestidos de imortalidade... Uma prece então foi dita, com esta conclusão: ... rogamos a Ti que concedas Tua graça a este Teu servo, que busca conosco partilhar dos segredos de um Mestre Maçom. Completai-o de tal fortitude que, na hora do julgamento ele não falhe, mas que passando sob a segurança da Tua proteção através do escuro vale da sombra da morte, ele possa finalmente erguer-se da tumba do pecado para brilhar como as estrelas, para todo o sempre. A cerimônia prosseguiu de maneira não muito diversa das anteriores, até o ponto em que fui obrigado a viver um papel em uma marcante história que explica de que maneira os segredos de um Mestre Maçom foram perdidos. Vivi o papel de um personagem que não existe fora dos rituais da Maçonaria: seu nome foi dado como sendo Hiram Abiff. O Venerável Mestre narra a história: ... a natureza apresenta mais uma grande e útil lição - o auto conhecimento. Ela te ensina, pela meditação, que te prepares para as horas finais de tua existência; e quando, por meio de tal meditação, ela tiver te levado através das voltas intrincadas desta tua vida mortal, ela finalmente te ensina como morrer. Este, meu querido Irmão, é o objetivo desse Terceiro Grau da Maçonaria. Ele te convida a refletir sobre este terrível assunto e te ensina a sentir que, para o homem justo e correto, a morte não traz terror igual ao que traz a nódoa da falsidade e da desonra. Dessa grande verdade, os anais da Maçonaria dispõem de um grande exemplo na imutável fidelidade e prematura morte de nosso Grão-Mestre Hiram Abiff, que perdeu a vida pouco antes do acabamento do Templo do Rei Salomão, a construção da qual, como com certeza sabes, era o arquiteto principal Sua morte se deu da maneira que se segue: Quinze Companheiros de uma turma específica, que tinham sido apontados para presidir sobre os outros, percebendo que o Templo estava quase terminado, mas que ainda não estavam de posse dos segredos genuínos de um Mestre Maçom, conspiraram para obter esses segredos por quaisquer meios, dispostos a recorrer até mesmo à violência. Na véspera de transformar sua conspiração em execução, doze desses quinze recuaram, mas três de caráter mais atroz e determinado que o dos outros persistiram em suas ímpias decisões, e com este propósito se colocaram respectivamente nos portões sul, oeste e leste do Templo, onde nosso Mestre Hiram Abiff se havia retirado para prestar adoração ao Mais Alto, como era seu antigo costume, sendo doze horas. Terminadas as suas devoções, ele se retirava pelo pomo sul quando foi abordado pelo primeiro desses três rufiões, que, na falta de melhor arma, tinha se armado com uma régua de chumbo, e que de maneira ameaçadora exigiu de nosso Mestre, Hiram Abiff, os segredos de um Mestre Maçom, avisando-o de que a morte seria a conseqüência de sua recusa: mas fiel à sua obrigação este replicou que esses segredos só eram conhecidos por três homens em todo o mundo e que sem o consentimento dos outros dois ele não podia e nem efetivamente os divulgaria: mas ponderou que não tinha nenhuma dúvida que a paciência e a perseverança em pouco tempo dariam ao Maçom a participação neles. Mas falando por si próprio, preferia enfrentar a morte que trair a confiança sagrada que lhe havia sido depositada. Essa resposta sendo insatisfatória, o rufião desferiu violento golpe na fronte de nosso Mestre, mas abismado pela firmeza de seu comportamento, só conseguiu atingi-lo na têmpora esquerda, ainda assim com força suficiente para que ele girasse e caísse ao chão sobre o joelho esquerdo. Nesse ponto eu senti um fraco golpe em minha têmpora esquerda e meus dois guias, conhecidos como Diáconos, fizeram com que eu me ajoelhasse em imitação à história. Recobrando-se dessa situação, ele correu para o portão oeste onde encontrou o segundo rufião, a quem respondeu como antes, e ainda com a mesma firmeza, quando o rufião, armado com um prumo, deu-lhe um violento golpe na têmpora esquerda, que o levou a cair ao chão sobre o joelho esquerdo. À luz das velas, eu vi o Venerável Mestre debruçar-se sobre seu pedestal com um instrumento que me tocou a fronte e senti muitas mãos me puxando para trás. Fui sendo deitado de costas com meus pés mantidos no lugar, de maneira que meu corpo foi ficando na horizontal, na escuridão. No que toquei o solo, uma mortalha foi imediatamente posta sobre mim, de forma que apenas a parte de cima de minha face ficasse descoberta. O Venerável Mestre continuou: Irmãos: na cerimônia anterior, assim como na presente situação, este nosso Irmão representa um dos mais brilhantes personagens nos anais da Maçonaria, exatamente Hiram Abiff, que preferiu perder a vida a trair a confiança sagrada nele depositada. E eu creio que essa decisão criou uma forte impressão, não apenas em sua mente, mas também nas nossas, caso algum dia nos vejamos em circunstâncias semelhantes. Irmão Segundo Vigilante, agora tentareis erguer o representante de nosso Mestre com o aperto de mão de Aprendiz. O Segundo Vigilante se abaixou, tirou minha mão de dentro da mortalha e puxou. Minha mão escapou de seus dedos. Venerável Mestre, este aperto de mão não é firme. Figuras sombrias marcharam à volta de minha "tumba" por alguns instantes, antes que o Venerável Mestre novamente falasse. Irmão Primeiro Vigilante, tentareis agora o toque de Companheiro. Esse foi tão sem efeito quanto o anterior. Irmãos Vigilantes, ambos falhastes em vossas tentativas. Resta ainda um terceiro e muito peculiar método, conhecido como a Garra do Leão ou da Águia, que se dá apertando com firmeza os tendões do punho da mão direita com as pontas dos dedos, erguendo-o pelos Cinco Pontos de Perfeição, o qual com vossa ajuda tentarei agora. O Venerável Mestre tomou firmemente de meu punho e puxou, trazendo-me de volta à posição vertical. Uma vez mais, mãos que eu não via suportaram meu peso. Quando fiquei de pé, o Venerável Mestre me segredou duas peculiares palavras ao ouvido. Agora eu já conhecia ambas as partes da palavra de Mestre Maçom. Naquele momento não queriam dizer nada, mas através de nossas pesquisas descobrimos seu antigo e fascinante significado, como mais tarde mostraremos. Assim, queridos Irmãos, foram todos os Mestres Maçons erguidos de sua morte figurativa, para reunir-se com seus iguais e retomar seus trabalhos. Peço-vos agora que observeis que a luz de um Mestre Maçom não é mais que uma visível escuridão, servindo apenas para expressar essa penumbra que paira sobre os prospectos do futuro. É esse o misterioso véu que o olho da razão humana não pode penetrar, a menos que seja auxiliado pela luz divina que vem do alto. Ainda assim, aos raios desta luz haveis de perceber que estais à beira da tumba à qual fostes figurativamente descidos a qual, quando tiver passado esta vida transitória, novamente vos receberá em seu frio regaço. Enquanto o Venerável Mestre dizia estas terríveis palavras, forçava meu olhar para baixo e para a minha direita, onde eu pude apenas vislumbrar a forma de uma cova aberta, em cuja parte superior estava um crânio humano posto sobre duas tíbias cruzadas. Pela primeira vez em qualquer cerimônia maçônica, eu senti arrepios passando por minha espinha. Que esses emblemas da mortalidade, que agora jazem à vossa frente, vos levem a contemplar vosso inevitável destino e guiem vossas reflexões sobre o mais interessante e mais útil de todos os estudos humanos - o auto-conhecimento. Cuidai de realizar vossa tarefa enquanto ainda é dia; ouvi a voz da Natureza que dá o testemunho de que, mesmo nesse organismo perecível, reside um princípio vital e imortal, que inspira uma santa confiança, a de que o Senhor da Vida nos permitirá pisar com os pés o rei do Terror, e olhar para o alto... O Venerável Mestre dirigiu meu olhar para o alto à esquerda em direção a um brilho de luz no Oriente (a direção exatamente oposta à da cova) no qual eu pude ver a forma pequena e iluminada de uma estrela. ... para esta brilhante estrela matutina cujo erguer nos céus traz paz e tranqüilidade aos fiéis e obedientes membros da raça humana. Minha cerimônia de Exaltação me fez renascer como Mestre Maçom e foi concluída com a entrega de mais palavras de passes e toques, e mais analogias construtivas que me guiariam no aprimoramento de minhas qualidades como Maçom e como membro da sociedade. Mais tarde, em outro encontro formal da Loja, a história dos eventos que seguiram ao assassinato foi explicada: Houve agitação geral entre os trabalhadores em todos os departamentos, quando três supervisores de uma mesma turma não foram encontrados. No mesmo dia, os doze artífices que haviam originalmente feito parte da conspiração vieram ao rei, e fizeram uma confissão voluntária de tudo o que sabiam, até o momento em que se haviam afastado do número dos conspiradores. Com seus temores pela segurança de seu artista chefe grandemente ampliados, o rei selecionou quinze Companheiros de confiança, e ordenou que fizessem diligentes buscas pela pessoa de nosso Mestre, para se certificarem de que ainda estava vivo ou de que havia sofrido na tentativa feita de extrair-lhe os segredos de seu grau exaltado. Tendo um dia certo sido apontado para o regresso a Jerusalém, se organizaram em três Lojas de Companheiros e partiram pelas três portas do Templo. Muitos dias se passaram em infrutífera busca, tendo mesmo uma dessas Lojas retomado sem ter feito nenhuma descoberta de importância. A segunda Loja foi mais afortunada, porque no entardecer de um certo dia, após ter sofrido grandes privações e fadigas, um dos Irmãos que havia tomado uma postura reclinada, para erguer-se lançou mão de um arbusto que lhe estava próximo, notando com surpresa que este saía facilmente do solo: num exame mais acurado, descobriu-se que a terra ali havia sido recentemente revolvida: portanto, chamou a seus companheiros, e com seus esforços unidos reabriram a cova e lá encontraram o corpo de nosso Mestre desrespeitosamente enterrado. Cobriram-no novamente com todo o respeito e reverência e, para marcar o lugar, enfiaram um ramo de acácia na cabeceira da cova, e então se apressaram a ir a Jerusalém narrar o triste fato ao rei Salomão. Quando as primeiras emoções de dor do rei já haviam se amainado ele os ordenou que retomassem e colocassem nosso Mestre em um sepulcro de acordo com seu grau e talentos exaltados, ao mesmo tempo informando-lhes que com essa inesperada morte todos os segredos de um Mestre Maçom estavam perdidos. Exortou-os, portanto, a serem particularmente cuidadosos ao observar quaisquer Sinais, Atos ou Palavras que pudessem ocorrer, enquanto se estivesse pagando esse triste último tributo de respeito aos méritos do ausente. Eles cumpriram sua tarefa com enorme fidelidade e ao reabrir a cova um dos Irmãos, olhando em volta, observou alguns de seus companheiros nessa posição... Foi-me então explicado como os Companheiros tentaram erguer Hiram Abiff com as palavras e toques usados em minha própria exaltação simbólica, e como desde essa época esses elementos foram adotados como reconhecimento de Mestres Maçons em todo o Universo, até que o tempo e as circunstâncias restaurem os genuínos. A cerimônia então continua: A terceira Loja, enquanto isso, tinha dirigido suas pesquisas na direção de Jopa, e estavam discutindo seu retorno a Jerusalém quando, passando acidentalmente pela boca de uma caverna, ouviram sons de lamentação e arrependimento. Entrando na caverna para descobrir as suas causas, encontraram três homens que correspondiam à descrição dos que haviam desaparecido, os quais, sendo acusados do assassinato, e não encontrando mais nenhuma oportunidade de fuga, fizeram uma confissão completa de sua culpa. Foram atados e levados à Jerusalém, onde o rei Salomão os sentenciou àquela morte que a crueldade de seu crime sem dúvida merecia. Nosso Mestre foi então novamente sepultado tão perto do Sanctum Sanctorum quanto a lei dos Israelitas permitia: dali foi cavada uma cova, afastada um metro a oeste e um metro a leste, um metro ao norte e um metro ao sul, e com um metro e meio ou mais de profundidade. Não era possível colocá-lo no Sanctum Sanctorum, porque não era ali permitida a entrada de nada que fosse comum ou imundo: nem mesmo o Sumo Sacerdote o fazia, exceto uma vez por ano: e isso apenas após muitos banhos e purificações, no importante dia da expiação de todos os pecados, pois pela leis Israelitas toda a carne é considerada imunda. Os quinze Companheiros confiáveis tiveram ordem de atender ao funeral, usando aventais e luvas brancas como emblemas de sua inocência. A cerimônia continuou, e maneira similar à dos dois Graus anteriores, e dela eu emergi na plenitude de Mestre Maçom. Alguns meses mais tarde, quando não havia nenhum candidato a aumento de salário na reunião da Loja, um Past Master deu-me a explicação sobre o 3° Grau. Os três vilões que assassinaram Hiram Abiff foram identificados como Jubelas, Jubelo e Jubelum, conhecidos coletivamente como os Vilões (em inglês, Juwes, pronunciada Jú-is). Os "sons de lamentação e arrependimento" que foram ouvidos saindo da caverna me foram dados em detalhe. Ouviu-se que os culpados estavam imersos em grande remorso e desejando para si próprios terríveis punições por suas vis ações, e no correr do processo seus desejos são realizados; o rei Salomão os fez executar exatamente da maneira como cada um deles havia expressado ser seu castigo desejado. Estes castigos são descritos no ritual, mas não os descrevermos por fazerem parte dos meios de identificação maçônica. ************************** Os resumos dos três graus do ritual maçônico que mostramos aqui certamente parecerão estranhos aos leitores que não estiverem "entre o compasso e o esquadro", mas serão muito familiares aos Maçons. A familiaridade, no entanto, serve apenas para que essas atividades inexplicáveis se tornem normais, quando por qualquer ponto de vista são no mínimo bizarras. Alguns Maçons crêem que estas histórias são verdadeiras, assim como muitos cristãos aceitam como verdade as lendas do Antigo Testamento; outros as consideram apenas divertidas, mas com um razoável fundo moral. Muito poucos na verdade se preocupam em saber onde esses estranhos rituais se originaram. Muitos dos principais personagens são facilmente identificáveis na mitologia judaico-cristã - o rei Salomão, por exemplo, Booz, Jachin e vários outros que não chegamos a identificar - mas a personalidade chave é um mistério completo. Hiram Abiff não é mencionado no Antigo Testamento (8), nenhum construtor do Templo é nominado e nenhum assassinato de um sumo-sacerdote tem registro. Alguns críticos cristãos da Maçonaria condenam a Ordem dizendo que ela glorifica a ressurreição de um outro que não Jesus Cristo, e que por isso ela é essencialmente uma "religião pagã". Mas é importante notar que Hiram Abiff, uma vez mono, permanece mono: não existe nenhum retorno à vida, e inclusive nenhuma sugestão de vida após-morte. Não existe nenhum conteúdo sobrenatural nos rituais maçônicos e é por isso que membros das mais diversas religiões, inclusive judeus, cristãos, muçulmanos, hindus e budistas os consideram complementares e não conflitantes com suas próprias crenças teológicas. A história central é muito simples e corriqueira, não tendo nem uma estrutura especial ou mesmo algum valor simbólico. Sim, Hiram Abiff prefere morrer a trair suas crenças, mas assim fizeram muitos outros homens e mulheres, antes e depois dele. Se alguém desejasse inventar uma história que fosse emblemática de uma nova sociedade, teria certamente criado alguma coisa mais marcante e autoexplicativa? Foi esse pensamento que nos provocou a cavar mais fundo na pesquisa pelas origens da Ordem. (8) Como já mencionado anteriormente, Hiram Abiff é citado no Antigo Testamento como um mestre em metalurgia e trabalhos com metais, enviado pelo rei de Tiro a Salomão quando da construção do Templo, mencionado em Reis I, 7: 13-14 e em Crônicas II, 2:13-14. Em algumas versões do Antigo Testamento, ele é apresentado como sendo Adonhiram, um coletar de impostos, mencionado em Samuel II, 20:24, ou como o superintendente dos trabalhos no Monte Líbano, mencionado em Reis I, 5:14 (N.T.) Partilhamos as mesmas frustrações com a vaga e convencional explicação sobre as origens da Ordem. Nossas discussões se tomaram mais e mais freqüentes e nosso interesse cresceu com o que trazíamos um para o outro, não sendo muito depois disso que decidimos fazer uma investigação estruturada com os objetivos de identificar esse personagem que conhecíamos como Hiram Abiff e descobrir os segredos perdidos da Maçonaria. Nessa época nenhum dos dois acreditava que teríamos qualquer chance de sucesso nessa estranha busca, mas sabíamos que a jornada seria pelo menos interessante. Não sabíamos na época que havíamos colocado em ação uma das maiores investigações detetivescas de todos os tempos, nem que nossas descobertas seriam de tal importância, não apenas para a Maçonaria, mas para o mundo em geral. Conclusão Muito pouco do ritual maçônico pode ser descrito como "comum". O candidato é vendado, alijado de todo o dinheiro e objetos de metal, vestido como um acusado de heresia a caminho da forca, e finalmente avisado que o assunto do último grau é "a Morte!" A jornada das trevas à luz é obviamente importante, como o são os dois pilares chamados Booz e Jachin, que simbolizam "força" e "estabelecer" e quando unidos significam "estabilidade". A Maçonaria alega ser mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia Romana e que tem como meta o amor fraternal, a caridade e a verdade - e ainda assim a livre investigação dos mistérios ocultos da Natureza e da Ciência são apresentados como sendo muito importantes. Os verdadeiros segredos da Ordem, nos informaram, foram perdidos, e segredos substitutos foram postos em seu lugar até que chegue o tempo em que os reais sejam reencontrados. O personagem central da Maçonaria é o construtor do Templo do Rei Salomão denominado Hiram Abiff, que foi assassinado por três de seus próprios homens. A estilizada morte e ressurreição do candidato é o ato que faz de cada um que por ele passa um Mestre Maçom, e quando este é erguido da tumba, a brilhante estrela da manhã está no horizonte. Onde idéias tão estranhas podem ter-se desenvolvido e por quê? Só poderíamos iniciar a investigação analisando as teorias conhecidas.
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